Augusto Cury, um dos escritores mais lidos da última década, faz palestra em São Paulo, e Renata Spallicci acompanha e compartilha seus principais ensinamentos.
“Atualmente uma criança de sete anos de idade tem mais informação que o imperador romano tinha no auge de Roma. Mas informações que não são utilizadas como tijolos para desenvolver ideias brilhantes, raciocínio complexo, uma capacidade de interação ou de filtrar estímulos estressantes. Por isso é fundamental aprender a gerir as emoções e administrar sua inteligência emocional.”
Augusto Cury
Augusto Cury é um dos meus autores favoritos! Escritor de livros como “O Vendedor de sonhos”, “Nunca desista dos seus sonhos”, “Felicidade roubada”, “Pais inteligentes formam sucessores, não herdeiros”, entre outros, ele já vendeu mais de 30 milhões de livros e é uma referência no tema autoconhecimento. Em 25 anos de carreira, atuando como psiquiatra e escritor, alcançou reconhecimento nacional e internacional, tornando-se o autor mais lido da última década, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo e a revista Veja, além de ganhar notoriedade pela qualidade de suas palestras.
E, nesta semana, eu tive a oportunidade de estar em uma delas, realizada no Teatro Bradesco, aqui em São Paulo. E fiquei realmente maravilhada. Por isso, resolvi abordar algumas passagens dessas duas horas de aprendizado com vocês!
Tendo como tema “Ansiedade – como combater o mal do século”, a palestra abordou, essencialmente, o que Augusto Cury chama de Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Eu que quase não sou ansiosa me identifiquei muito!!! Rs Aliás os livros sobre ansiedade eu já tinha devorado anteriormente me ajudaram bastante!
Segundo ele, este grande mal da modernidade vem suplantando a depressão e acomete grande parte da população mundial. “Olhe para a pessoa que está ao seu lado: você ou ela serão acometidas por algum transtorno psiquiátrico, cedo ou tarde. Isto porque 50% da população mundial teve ou terá algum problema nesse sentido”, nos provocou. Pese em um dado relevante e assustador!!! Com certeza algo para refletirmos muito!
Por isso fiz questão de compartilhar esta palestra aqui com vocês! Pois estas informações que o Augusto Cury se dedica a estudar e disseminar podem ajudar muitas pessoas!
Para o autor, esse grande mal é causado pela sociedade em que vivemos. Uma sociedade urgente, rápida e ansiosa, que nos leva a ter uma mente sempre acelerada. Nunca as pessoas estiveram tão agitadas. Paciência e tolerância estão se tornando artigos de luxo. Não temos paciência nem para ligar o computador e esperar… Quando não nos dedicamos a uma atividade interessante, ficamos estressados e angustiados. “Raras são as pessoas que param em um jardim, contemplam uma flor, descansam em uma bela praça. Estamos na indústria do entretenimento e, paradoxalmente, na era do tédio. É muito triste saber que a maioria dos seres humanos não sabe ficar só, interiorizar-se e refletir sobre as nuances da existência. Se curtir e ter autodiálogo. Maior viagem que deve ser feita é a viagem para dentro de si mesmo, para se conhecer e entender. Viver é um contrato de risco, e a melhor passagem que você pode ganhar é para uma viagem a seu interior”, disse.
Ele diz também que, a fim de gerenciar a síndrome do pensamento acelerado, devemos ser autores da nossa própria história, sermos livres para pensar e não escravos dos pensamentos, gerenciar o sentimento antecipatório, fazer a higiene mental e ter sempre a capacidade de questionar e duvidar, pois é daí que surge o pensamento humano. “É a partir da dúvida que se raciocina.”
Nem preciso dizer o quanto me identifico com esse discurso! E nos dois extremos! Rs. Primeiro, porque sou uma pessoa com a mente superinquieta, mas, por outro lado, porque trabalho muito o autoconhecimento e acredito que este seja o principal fator que devemos fortalecer em nossas vidas!
E é exatamente esse o caminho que Cury defende para que possamos nos livrar desse “mal do século”. Segundo ele, devemos renunciar a sermos perfeitos, ter autoconsciência, perguntar constantemente sobre nossos próprios conflitos, fazer um automapeamento e estabelecer metas claras, sabendo sempre que todas as nossas escolhas implicam em algumas perdas! Enfim, voltarmos para dentro de nós mesmos, buscando nossos propósitos! “Procure dentro de si próprio o seu endereço.”
Outro tema que abordou, diz respeito ao que ele chama de cárcere da rotina. Vivemos encarcerados na mesmice e não damos chance à vida para nos mostrar outras possibilidades. “Vivemos apenas por estarmos vivos”, reflete. E, nesse tema, ele aborda o quanto a rotina prejudica relacionamentos, sejam eles entre pais e filhos, companheiros, etc., e nos causam descontentamentos e desprazer.
Por fim, Cury apresentou o trailer do filme, que ainda será lançado, baseado em um dos seus maiores sucessos: O vendedor de sonhos (confira aqui o trailer). E, além de ficar morrendo de vontade de assistir, achei extremamente curioso, pois me lembrei que, no prefácio de um dos seus livros, Cury dizia: “Talvez quando eu fechar meus olhos para a vida e meus livros forem utilizados em universidades mais do que são hoje, eles sejam objeto de interesse de Hollywood. Não me alegro com isso, Hollywood ama filmar as mazelas do passado. Escrevo sobre o passado, mas com olhar sobre o futuro da humanidade para contribuir com a prevenção de alguns erros crassos”.
Que estejamos já vivendo essa nova era de despertar da consciência mundial para a necessidade de um novo ser, mais preocupado com o futuro e em não repetir os erros do passado. Que continuemos a aprender com pessoas como Augusto Cury e que possamos espalhar e semear a semente da mudança e do bem!
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Busque seu propósito. Deixe seu legado.
Rê Spallicci