Criada pelo médico japonês Hiromi Shinya, dieta tem visão holística do emagrecimento e privilegia alimentos crus.
Se há um campo da medicina que sempre está trazendo novidades e polêmicas é o da alimentação. Num dia devemos comer ovo, no outro, faz mal. Antes a gente deveria substituir a manteiga pela margarina, agora a margarina virou vilã… É pra gente ficar doidinha, né?
Por isso, eu tenho o compromisso de sempre estudar o que está acontecendo por aí para poder trazer informações quentinhas e atualizadas para vocês!
E, dentro desse contexto, um trabalho que vem revolucionando e trazendo muita polêmica é a dieta da enzima, do médico japonês radicado nos Estados Unidos, Hiromi Shinya.
Ele foi pioneiro na cirurgia colonoscópica e foi chefe da unidade de endoscopia no Beth Israel Hospital em Nova York, durante 40 anos. E, ao observar mais de 300 mil estômagos e intestinos, incluindo os de presidentes, primeiros-ministros e estrelas de cinema, o médico fez descobertas que divulgou para o mundo no livro “A Dieta do Futuro”.
Esta obra é o ponto culminante do trabalho de sua vida e explora uma teoria que afirma que o nosso organismo possui uma enzima essencial que, conforme a forma como nos alimentamos, nos mantém mais saudáveis ou nos leva a desenvolver enfermidades.
O nosso corpo funciona por meio de mais de 5.000 enzimas, que são proteínas especiais produzidas pelo organismo e cumprem a função de catalisadores e reguladores. Ou seja, intervêm como reguladores nas reações químicas do organismo para o funcionamento normal do corpo.
Shinya afirma que estas enzimas dependem de uma enzima que ele designa por enzima mãe, muito necessária para a reparação celular e cuja quantidade é bem limitada, e que, ao se esgotar a enzima mãe, as nossas células não podem se reparar, surgindo a doença.
Logo, se fizermos uma dieta que fortalece essas enzimas, ficaremos longe das enfermidades e teremos uma vida mais saudável e o peso certo!
Como funciona a dieta da enzima
Uma das principais vantagens da dieta da enzima é que ela pode ser utilizada por qualquer pessoa e é especialmente boa para aqueles que têm problemas para perder peso e se manterem em dieta.
O plano não promete milagres, mas é um programa passo a passo que o ajudará a fazer mudanças saudáveis no seu estilo de vida.
Como você já sabe, o problema com a maioria das dietas é o famoso efeito sanfona! Ou seja, as pessoas podem perder peso inicialmente, mas, depois de um tempo, acabam ganhando mais peso do que tinham quando começaram. E, para quebrar isso, não há atalhos: só uma verdadeira mudança de hábitos traz a solução.
Os princípios da Dieta da Enzima
O estilo de vida pregado pela Dieta da Enzima é bem diferente das dietas comuns, porque contém uma variedade de alimentos que não são normalmente recomendados nas outras dietas. E se baseia nos seguintes princípios:
Além disso, para cumprir bem a dieta da enzima, a alimentação deve ser o mais natural e fresca possível, pois assim se preservariam todas as enzimas. Segundo a teoria, as enzimas desaparecem quando o alimento é aquecido entre 48 e 115 ° C. Por isso, o dr. Shinya diz literalmente que quanto mais fresco sejam os legumes, frutas, carnes e peixes, mais enzimas eles contêm.
Outras recomendações importantes:
Alimentos ricos em enzimas
A dieta da enzima privilegia os alimentos crus, mas nem todos os alimentos crus são alimentos de alta enzima. Alguns têm poucas enzimas, e outros contêm, inclusive, inibidores enzimáticos. Se você não considerar o conteúdo da enzima, você pode negligenciar as enzimas ou mesmo inibi-las e derrotar o propósito de uma dieta crua.
As enzimas são nutrientes muito delicados e são responsáveis pela realização de praticamente todas as funções metabólicas. Temos cerca de 3.000 enzimas únicas em nossos corpos que estão envolvidas em mais de 7.000 reações enzimáticas. Simplificando, sem enzimas nosso corpo deixaria de funcionar.
Infelizmente, a nossa dieta média é quase completamente vazia de enzimas. Os alimentos processados e cozidos, muitas vezes, destroem completamente o conteúdo da enzima, deixando seu corpo morrendo de fome por esse nutriente que é um componente-chave em sua subsistência. Se você tiver alguma queixa de saúde, é provável que possa usar mais enzimas em sua dieta, e estes cinco alimentos são altamente recomendados no plano alimentar das enzimas.
Mamão papaia
A fruta de papaia é uma rica fonte de enzimas proteolíticas. A papaina foi considerada uma das mais eficazes na quebra de carne e outras proteínas, e funciona dividindo as ligações peptídicas de proteínas complexas, quebrando-as para seus aminoácidos individuais, para que estejam prontos para o crescimento e reparação do corpo.
Uma vez que a papaia é rica em açúcares naturais, é uma boa ideia comê-la por conta própria (não com uma refeição pesada, baseada em proteínas animais), de preferência 15-30 minutos antes de uma refeição.
Abacaxi
Bromelain é uma mistura complexa de substâncias que podem ser extraídas do tronco e do núcleo do abacaxi. Entre as dezenas de componentes que se sabe que existem neste extrato bruto, os componentes mais bem estudados são as enzimas digestoras de proteínas chamadas cisteínas proteinasas. Essas enzimas não se limitam apenas a benefícios digestivos, porém, como a pesquisa mostrou, elas também ajudam com inflamação excessiva, coagulação excessiva do sangue e certos tipos de crescimento tumoral.
Como o abacaxi também é rico em açúcares naturais, é uma boa ideia comê-lo sem nenhum tipo de adoçante, preferivelmente 15 a 30 minutos antes de uma refeição.
Pólen de abelha
O pólen de abelha é, muitas vezes, considerado um dos alimentos mais completos da natureza. Contém quase todos os nutrientes requeridos por seres humanos e tem espectro externo de enzimas benéficas, incluindo amilase, catalase, cozimase, citocromo, desidrogenase, diaforase, diastase, pectase e fosfatase.
O pólen de abelha pode ser comido sozinho ou misturado com aveia e smoothies. Como ele pode causar reações de tipo alérgico, fique atento a isso ao consumir pela primeira vez.
Legumes fermentados
O processo de fermentação usado para fazer chucrute e kimchi foi desenvolvido há séculos como um meio de preservar vegetais para consumo durante os meses de inverno. O exército romano teria viajado com barris de chucrute, usando-o para prevenir infecções intestinais entre as tropas durante longas excursões.
Os vegetais fermentados são uma excelente fonte dietética de muitos nutrientes, incluindo enzimas VIVAS (desde que não tenham sido pasteurizadas de forma alguma). Essas enzimas vivas são acompanhadas de probióticos benéficos, o que faz uma combinação excepcional para um processo digestivo efetivo.
Os legumes fermentados podem ser comidos sozinhos, mas também são ótimos como um acompanhamento. Na verdade, se você quiser melhorar a digestão de qualquer refeição, você deve considerar fortemente os vegetais fermentados.
Outros alimentos ricos em enzimas que você pode considerar: melões, manga, kiwi, uvas, abacate, mel cru e água de coco.
Dieta holística
Um dos fatos que acho mais legal na dieta das enzimas é que ela considera o indivíduo integralmente, com uma visão holística. Portanto, fatores como a alimentação, o exercício, o sono e o estresse são determinantes para a saúde e para o processo de emagrecimento.
A grande novidade é a existência das tais enzimas-mãe que são importantes no processo de cura e também para o emagrecimento, e que, segundo Hiromi Shinya, devemos preservar, dado o seu número ser finito. Especialistas afirmam que teorias apresentadas precisam ainda de suporte científico, mas a maioria das pessoas poderá obter melhorias na saúde e condição física, seguindo as regras descritas pelo médico.
Mas, como eu sempre ressalto, toda dieta e plano de exercícios devem sempre contar com a supervisão de profissionais médicos, educadores físicos e nutricionistas! Só assim você conseguirá atingir seus objetivos de forma saudável e plena!
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Rê Spallicci