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Autoconhecimento

Aprendendo a lidar com as emoções

Buscar o autoconhecimento e aprender a lidar com as emoções são o melhor caminho para alcançar a felicidade.

 20 de janeiro de 2017
9 min de leitura

Aprendendo a lidar com as emoções

“A melhor passagem que você pode ganhar é para uma viagem a seu interior.”

A frase aí acima, do psiquiatra, palestrante e escritor Augusto Cury, sem dúvida, mexe muito comigo. Afinal vocês já sabem que tudo que diz respeito a autoconhecimento desperta meu interesse. E eu acredito, de verdade, que conhecer a si mesmo é o primeiro passo para poder estabelecer propósitos e alcançar uma vida feliz e plena.

Para esse processo de autoconhecimento ser completo e verdadeiro, ele precisa passar, sem dúvida, por conhecer e entender as próprias emoções. Sim, aceitar e saber lidar com o que sentimos é um passo primordial em nossa jornada.

 

Tudo bem #sqn

Nem todas nossas emoções são bonitas, românticas e nobres. Afinal, somos humanos, vivemos em uma sociedade cada vez mais acelerada, em cidades violentas e perigosas, enfim, um ambiente propício ao estresse. E vamos combinar, tem horas que não dá pra segurar a onda e a gente explode. Aquele momento de estresse, de raiva… às vezes no trânsito, às vezes com a atendente da operadora, outras na fila do caixa e algumas tantas justamente com as pessoas que mais amamos =(

“Hello, bem-vindo ao mundo real”, rsrs. Nem sempre tudo vai estar tudo bem. Vai ter aqueles dias em que não estamos legal, e precisamos entender isso: tudo bem às vezes não estar tudo bem!

O que não pode acontecer é que essas emoções negativas, como a raiva, o medo, a ansiedade, se manifestarem de maneira exacerbada, sem uma situação que, de alguma forma, as justifique. Aliás, saber identificar e reconhecer que temos lá nossas “feiúras” interiores é o caminho mais curto para gerenciar as emoções e mudar nosso comportamento.

 

Ponto de equilíbrio

O caminho para a realização e plenitude não está em fugir ou esconder as emoções negativas, mas em alcançar o equilíbrio entre nossas emoções positivas (como contentamento, alegria, gratidão, desfrute e amor) e as negativas (como medo, raiva e desgosto). A pioneira em Psicologia Positiva, Barbara Fredrickson, professora da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, fala em uma proporção ideal que seria de 3 para 1. Ou seja, 75% de emoções positivas e 25% de emoções negativas.

Para ela, lidar com as emoções é como navegar: pessoas que prosperam passam pela vida usando tanto a vela quanto a quilha. Emoções positivas lançam vento em nossas velas, dando direção e impulsionando nossas ações; emoções negativas são como a pesada quilha que, abaixo da superfície da água, ajudam a manter o equilíbrio e nos direcionam.

Acredito e procuro colocar isso em prática: precisamos trazer para a nossa vida uma proporção maior de amor, de emoções, de sentimentos e vivências boas do que ruins. Se trilharmos esse caminho, vamos conseguir uma vida mais equilibrada, com menos estresse e, certamente, mais feliz!

 

Se ligue nos sinais

Por falar em felicidade, gosto bastante da abordagem que o britânico Paul McKenna dá ao tema, em seu livro “Eu posso fazer você feliz”, lançado no Brasil pela Sextante. Segundo ele, as emoções são nossas amigas e nos enviam sinais — “Ei, preste atenção a isso” — sempre que algo em nós vai mal e exige mais atenção. A chamada inteligência emocional é parte da nossa natureza animal e reage imediatamente a situações e pessoas. Quando aprendo a usar minha inteligência emocional, fica mais fácil entender que mesmo as emoções negativas não são nossas inimigas. A dor emocional existe para nos proteger e guiar, assim como a dor física nos ensina a não colocarmos a mão no fogo.

Mas nem sempre é possível evitar a fonte da dor emocional. Uma pessoa que teve uma infância difícil, por exemplo, pode não dispor de recursos emocionais suficientes para enfrentar as dificuldades da vida. É bastante comum as pessoas se anestesiarem deliberadamente, sobretudo quando os sentimentos são dolorosos demais. A verdade é que as pessoas não querem entrar em contato com “sua parte” mais profunda porque, de maneira geral, quando isso acontece, elas se sentem infelizes.

Precisamos fazer as pazes com o passado e voltar ao estado natural de felicidade que é prestar atenção às nossas emoções, aprender a ouvi-las e processá-las. Ainda que seja necessário começar o processo pelos sentimentos desagradáveis. E escutar nossas emoções envolve prestar atenção, ser sincero e estar disposto a abrir mão para as mudanças. Em outras palavras, precisamos aprender a processar nossas emoções!

 

Essa tal felicidade

E de todas as emoções, talvez a mais completa seja a tal Felicidade. Sim, a felicidade é algo mais profundo, como um pano de fundo nas nossas vidas que faz o cotidiano valer a pena e nos dá a força necessária nas horas difíceis, deixando-o livre para aproveitar a vida ao máximo em cada oportunidade. Talvez por isso, seja tão desejada e tão perseguida!

Mas, afinal, o que é a felicidade? Um estado de espírito? Pode ser, mas é difícil defini-la. Para um bebê, por exemplo, a felicidade é simples amor e conforto. Já na infância a felicidade se faz facilmente presente porque, para a criança, tudo é novo e empolgante. À medida que crescemos e exploramos as coisas ao nosso redor, a felicidade é provocada pela alegria de descobrimos o mundo e a nós mesmos.

E assim se dá o ciclo. Na primeira metade da vida, nos abrimos e exploramos, cometemos erros, aprendemos com eles e ganhamos experiência, nessa fase, ao desenvolveremos nossa capacidade, encontramos felicidade em nossas realizações. Na segunda metade da vida, começarmos a reunir e integrar tudo que aprendemos e assim passamos a nos conhecer melhor. Mais cedo ou mais tarde, conforme nos tornamos sábios, passamos a encontrar a felicidade nas relações pessoais e em proporcionar alegria aos outros.

Ou seja, a felicidade não está em um objetivo fixo, mas ela vai se renovando e se revelando a cada momento em nossa jornada. E aí, as estradas do autoconhecimento e da felicidade se encontram. Quanto mais você se conhece, quanto mais você tem clareza de seus valores e propósitos, e quanto mais você se alinha a eles, maiores as chances de você ser feliz. Pois a felicidade deixa de ser exclusivamente resultado do atingimento de metas, e passa a ser parte da caminhada!

Eis aí mais um motivo pra ser feliz! Na hora em que você está alinhado com o que acredita em essência, como o que você descobre com o autoconhecimento, com a sua evolução, você consegue contribuir, efetivamente, para o mundo, para os outros com o talento que você tem, com aquilo que você faz com facilidade e sem esperar nada em troca!

Aprenda como lidar com as emoções

 

É impossível ser feliz sozinho

E a melhor parte dessa história é que, à medida que a pessoa se conhece, aprende a lidar com suas emoções, descobre seus valores, dons e propósitos… “o por que estou neste mundo?!” ela também se dá conta que essa busca pessoal que une propósito e felicidade, de alguma forma faz parte de um propósito comum que permeia o mundo e todas as relações: um desejo de melhorar o mundo!

A felicidade nos ensina que, no fundo, estamos todos ligados uns aos outros e nos lembra de apreciarmos isso. E quanto mais indivíduos viverem felizes, segundo os seus valores, dons e propósitos, isso vai representar uma contribuição real para a felicidade de todos. E isso pode tomar uma proporção tremenda. É como se a gente fosse sendo contagiado e virasse uma grande onda de felicidade!!! Portanto, não guarde sua felicidade para si, pois quanto mais você espalhar sua felicidade, mais feliz você será!

 

Se você quer ser feliz por uma hora, tire uma soneca.

Quer ser feliz por um dia, vá pescar.

Quer ser feliz por um mês, case-se.

Quer ser feliz por um ano, herde uma fortuna.

Quer ser feliz por toda a vida, faça alguém feliz!

 

Muito grata e feliz por ter vocês comigo!

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Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci