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Produtividade

O poder do engajamento total para a alta performance

Entenda como a teoria do engajamento total pode levá-lo a ter uma vida cheia de realizações e conquistas.

 22 de agosto de 2017
11 min de leitura

Veja como o engajamento pode melhorar sua performance

Que eu sou uma apaixonada por tudo o que diz respeito ao autoconhecimento não é novidade para ninguém! E sempre utilizei em minha vida aquilo que aprendi em inúmeros livros, artigos, cursos e processos dos quais participei.

Faço da minha vida um laboratório para experimentar cada teoria que eu aprendo e em acredito fazer sentido. Com isso, empiricamente, no que eu costumo chamar de “teste e resposta”, fui afinando a minha jornada, eliminando hábitos que eu sentia que não me faziam bem como baladas, bebidas alcoólicas, falar mal dos outros, enfim, atitudes que simplesmente drenavam minha energia. E passei a me concentrar somente nas coisas boas e positivas. Minha vida se transformou com essa atitude e me dispus a realizar muitas coisas com as quais sempre sonhei!

Um dia desses, meu amigo, o palestrante Caê Nóbrega, conhecendo meu estilo de vida e a forma como conduzo minhas crenças no que diz respeito ao autoconhecimento, me indicou um livro que, segundo ele, ia trazer as confirmações científicas para tudo aquilo em que eu acreditava e realizava empiricamente.

Fui correndo atrás do título, O Poder do Engajamento Total, de Jim Loehr e Tony Schwartz, que, infelizmente, está esgotado no Brasil, em sua versão em português. Encomendei, então, a versão em inglês na Amazon e fiquei ansiosa contando os dias para começar a ler logo!

E realmente, o livro trouxe tudo o que o Caê disse e mais um pouco! E como sempre gosto de compartilhar conhecimentos com vocês, neste artigo vou falar um pouco sobre o que aprendi com a obra e dividir alguns conceitos que julguei superbacanas!

 

O início do estudo

Veja como o alto rendimento depende do seu engajamento

O que diferencia um atleta de alto desempenho de outro? O que faz a verdadeira diferença que conduz à vitória? Foi para tentar responder a estas questões que o psicólogo e pesquisador Jim Loehr passou a estudar atletas de tênis de alto desempenho, na década de 1980.

Para isso, ele passou horas e horas assistindo às partidas dos melhores jogadores do mundo, e também estudando as gravações de cada uma delas.

Mas para surpresa e frustração do pesquisador, ele não conseguia detectar qualquer diferença entre os hábitos competitivos desses jogadores. Todos tinham muita capacidade técnica, excelente visão de jogo e bastante raça para lutar por cada um dos pontos.

Foi então que Loehr parou de se concentrar no jogo propriamente dito e passou a analisar o que os jogadores faziam entre cada ponto e, nesse momento, as diferenças começaram a aparecer.

O psicólogo percebeu que a forma como cada atleta se comportava e se concentrava entre um ponto e outro fazia diferença no resultado final do jogo. E aqueles que conseguiam se recuperar da melhor forma eram os que geralmente venciam. Isso porque, a cada vez que o jogador iniciava seu próprio ritual de recuperação, seu batimento cardíaco se acalmava, a respiração ficava mais suave, e a sua mente voltava a focar naquilo que era realmente necessário para vencer a partida.

Em resumo, a diferença estava no ciclo de recuperação, porque nos outros quesitos, como técnica, habilidade e garra, todos os grandes atletas se equivaliam. Nos anos seguintes, Loehr expandiu seus estudos extrapolando as linhas da quadra de tênis e levando esse mesmo conceito para outros profissionais de diversas outras áreas.

As suas conclusões foram que os melhores profissionais de cada área são aqueles que entendem que o corpo humano funciona em ciclos e que respeitam essa necessidade fisiológica, na qual existem períodos de intenso gasto energético, e outros de descanso.

E essa foi a base para a sua teoria do engajamento total para a alta performance!

 

A chave está na energia

Saiba como você pode empregar sua energia para obter bons resultados

A maioria dos pensadores de produtividade, ao longo dos anos, se fixou na ideia de tempo: há muitas horas em um dia, então, se você quer ser uma pessoa efetiva, deve aprender a gerenciá-las sabiamente.

O tempo, no entanto, passa por conta própria – você realmente não consegue gerenciá-lo. O que pode gerenciar é a energia que você traz para essas horas.

Se você tiver baixa energia, não importa se você tem muito tempo para realizar uma tarefa – você ficará tão cansado que  fará pouco progresso. Se tiver uma tonelada de energia, poderá fazer muitas coisas em pouco tempo.

O poder do engajamento completo é sobre gerenciar sua energia e ajudá-lo a encontrar maneiras de sentir-se mais enérgico a cada dia.

A grande vantagem dessa visão é que a energia, diferentemente do tempo, não é limitada, e pode ser expandida, renovada e utilizada com muito mais eficiência, se aprendermos a fazer isso da maneira correta.

Assim, ele nos ensina que temos de entender sobre as quatro dimensões da energia!

 Entenda mais sobre energia

 

É a energia bem utilizada que nos leva aos resultados

Depois que entendemos que nossa energia é formada por quatro dimensões e que elas precisam estar em equilíbrio para que possamos alcançar resultados, compreendemos que mesmo a energia sendo finita, temos capacidade de expandi-la, à medida que a utilizamos. Enquanto você cuida de si mesmo e presta atenção em quanta energia possui, você pode realizar quantidades surpreendentes de trabalho.

Mas, para isso, temos que estar atentos aos ciclos de energia dos nossos corpos, ou seja, nos momentos em que nossa energia flutua para cima e para baixo. Você pode estar familiarizado com o ciclo circadiano, que é responsável pelo nosso padrão de vigília/sono. Mas há outros ciclos, que naturalmente oscilam a cada 90 minutos entre alta e baixa energia.

Este ciclo é normal, por isso vale a pena respeitá-lo. A cada hora e meia, o seu corpo precisa de um pouco de relaxamento e descanso.

Usando o meu exemplo de atleta de fisiculturismo, podemos entender que a nossa energia é similar aos nossos músculos. Para que eles cresçam e se expandam, precisamos fadigá-los, a fim de  que, no período de descanso, eles se reconstruam mais fortes. Nossa energia também precisa do momento de descanso para se expandir.

Se você se fortificar demais, se desgastará e precisará de um período de recuperação mais longo antes que esteja pronto para treinar novamente. Levando esse mesmo conceito para o trabalho, por exemplo, há pessoas que trabalham até o ponto de exaustão, chegando, muitas vezes, ao burn out, tema que abordei no artigo Sempre cansado? Cuidado, você pode estar com a síndrome de exaustão, burn out.

Não somos robôs que sobrevivem sem descanso, sem comida, sem sono, o dia todo. Essa é uma receita para o desastre. Os seres humanos são seres físicos, e nós temos necessidades físicas. Em vez de ver seu corpo como um veículo para o seu cérebro, é útil pensar em seu corpo como uma ferramenta integrada que você usa para fazer as coisas. Se a ferramenta quebrar ou desaparecer, você não conseguirá nada.

Por isso, lembre-se de que você não tem energia ilimitada, e se não cuidar de si mesmo, entrará em colapso.

 

O estresse não é inimigo

O estresse não é inimigo

Se, por um lado, devemos sempre recuperar nossa energia, alimentando todos os aspectos e dimensões dela, física, emocional, mental e espiritual, temos que ter sempre em mente que devemos usá-la ao limite em todas as ações que fizermos. Assim como no exemplo que dei do músculo, em nossas vidas, o estresse nem sempre é negativo, mas sim, um sinal que nossos corpos usam para gerar mais energia para atender à demanda.

Enquanto estamos recebendo descanso e recuperação suficientes, vale a pena trabalharmos colocando alta dose de energia em tudo aquilo que fizermos, pois é assim que nos tornaremos mais fortes ao longo do tempo.

Em resumo, não há problema em usar sua energia ao limite, mas  em não dar tempo para recarregá-la!

Para tanto,  há alguns hábitos simples que podem ajudar a manter seus níveis de energia altos e mais fortes a cada dia.

Como somos pessoas únicas, nossos ciclos de energia são um pouco diferentes, então,  vale a pena aprender como funciona o seu. Mantenha um diário e anote os seus melhores níveis de energia ao longo do dia. A cada hora perceba a forma como se sente – se você está em um ponto alto ou em um ponto baixo de energia.

Uma vez que você conhece seus padrões, é muito mais fácil planejar seu dia em torno de seus ciclos.

O poder do engajamento total nos mostra que o tempo deve ser gasto sendo produtivo ou conscientemente descansando – caso contrário, é tempo desperdiçado.

Alguma vez você já teve um dia em que trabalhou e, no final,  não conseguiu fazer muito, mas sentiu como se tivesse acabado de correr uma maratona?

Esses dias são dias desperdiçados. Se você não está sendo produtivo, faça uma pausa – uma verdadeira quebra. Recarregue suas baterias e volte ao seu trabalho, quando estiver relaxado e atualizado.

As pessoas mais felizes e produtivas são aquelas que têm a habilidade de se engajarem em desafios de maneira plena, mas, ao mesmo tempo, em alguns momentos, sabem dispersar e descansar.

Quanto mais a gente toma responsabilidade pela energia que se traz para o mundo, mais empoderada e produtiva a gente se torna.

E para poder estar totalmente engajado, é preciso sempre estar fisicamente energizado, emocionalmente conectado, mentalmente focado e espiritualmente alinhado com os seus propósitos.

O desafio da boa performance é gerenciar a energia em todas essas dimensões para atingir os objetivos.

Por isso, estabeleça seus verdadeiros propósitos e crie mecanismos e rituais que lhe permitam o equilíbrio entre as quatro dimensões de sua energia.Não desperdice tempo com imediatismo e crises momentâneas, mas deixe-se sempre guiar por aquilo que quer do seu futuro, pelo seu propósito que é o seu bem maior.

Lembre-se:  nós somos o que nós frequentemente fazemos! Tenho certeza de que, colocando a sua energia plena em cada atividade, vivendo uma vida de equilíbrio e alinhada com os seus propósitos, certamente realizará todos os seus sonhos!

 

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Rê Spallicci