Mais uma vez estive palestrando no Jornada da Mulher, workshop que transforma a vida das mulheres por meio do autoconhecimento e empoderamento.
Há pouco mais de dez dias eu estive palestrando mais uma vez na Jornada da Mulher, workshop criado pelo meu amigo Caê Nobrega pensado e construído para mulheres que cuidam de todos à sua volta, mas, muitas vezes, acabam se esquecendo delas mesmas. Caê é gerente de conteúdo da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística, palestrante e consultor com quase 10 anos de experiência e coach de carreira.
O objetivo do programa é levar essas mães, colegas, amigas, esposas, colaboradoras, empresárias a pararem para refletir sobre o protagonismo em sua própria vida as ajudando a entender como tomar decisões que as incluam e que as devolvam o protagonismo.
Toda vez que o Caê me chama para participar do Jornada é como uma convocação! Primeiro porque acredito muito no programa e naquilo que ele se propõe e, segundo, porque é um dos grandes responsáveis por tudo que vem acontecendo nos últimos anos da minha vida!
Eu explico: conheci o Caê profissionalmente, mas logo nos tornamos amigos. E ele foi a primeira pessoa que viu em mim potencial para palestrar. Lembro que ele sempre me dizia isso e eu me esquivava. Até que um dia ele “armou” uma. Em uma das Jornadas da Mulher, colocou o meu nome como uma das palestrantes e só depois de já ter divulgado, ele me contou! E disse assim: “vai ficar chato se você não for…”.
Montei minha palestra e no dia combinado lá estava eu para minha primeira palestra. Foi naquele momento que descobri algo que amo fazer e que, de certa forma, foi a fagulha que faltava para diversos acontecimento que se seguiram como eu escrever e lançar meu livro Do Sonho à Realização, montar minha editora, enfim, colocar para fora alguns desejos que eu deixava adormecidos.
Um audacioso projeto
Criado em 2013, o Jornada da Mulher é um projeto superbonito e audacioso. Com o programa, Caê pretende influenciar positivamente a vida de 2000 mulheres nos próximos três anos. Como? As ajudando a encontrar a felicidade e coragem para mudar e decidir fazer o que amam, potencializar seus talentos e o que faz sentido em suas carreiras. Experimentar novas formas e escolhas de ser mais produtiva, leve e feliz. Transformar sonhos em metas e saber onde, quando e como colocar foco e energia no que realmente importa.
Sempre achei bárbaro esse interesse do Caê pela liderança e empoderamento feminino e tive curiosidade para saber como ele entrou nessa história.
“Dando processos de coaching, percebi que havia um padrão: mulheres que largaram carreira para se dedicar a família e depois se sentiam fora do mercado de trabalho ou o oposto, mulheres que se dedicaram muito a carreira e esqueceram a vida pessoal. Lembrei da história da minha mãe que abandonou o sonho de ser advogada para cuidar de mim e do meu irmão. Pensei que algo deveria ser feito para quebrar esse ciclo e foi assim que surgiu a jornada da mulher”, ele me contou em um bate papo.
E da ideia surgiu o programa que já mudou a vida de muitas mulheres. Eu mesma já acompanhei histórias maravilhosas de transformação que começaram no Jornada.
Uma difícil realidade
Não é fácil ser mulher no mercado de trabalho! Sinto que, apesar de já estarmos presentes na vida das empresas há um bom tempo, o mundo corporativo ainda está se ajustando às demandas femininas, ao mesmo passo em que nós, mulheres, estamos aprendendo a lidar com algumas regras desse jogo.
Os números da desigualdade no Brasil não mentem. As mulheres têm salários que chegam a ser de 25% a 30% menores, e a participação feminina em cargos de alta liderança ainda é pequena, apesar de vir aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2012, somente 26% das empresas tinham funcionárias em funções de comando. Em 2013, a proporção aumentou para 33% e, em 2014, para 47%. Mas nos últimos anos com a crise econômica as mulheres também sentiram o baque.
Nas 150 companhias brasileiras que participaram da pesquisa, não havia mulheres na presidência ou vice-presidência. Além disso, os conselhos de administração têm, em média, cinco integrantes, sendo apenas uma vaga ocupada pelo sexo feminino, na maioria dos casos.
E por que isso acontece? Somos menos competentes? Tenho absoluta certeza que não! Temos menos estudo? Muito pelo contrário. A proporção de mulheres brasileiras com títulos acadêmicos de nível superior é maior que a de homens – a parcela da população feminina adulta com diploma é de 12%, ante 10% da masculina. Qual o grande problema, então?
É aí que entra a Jornada da Mulher para ajudar as mulheres a entenderem e superarem essa desigualdade por meio do autoconhecimento e de diversas ferramentas de coaching e de programação neurolinguística.
Segundo Caê o programa visa despertar o propósito de viver por algo maior de forma prática e aplicável ao dia a dia, motivando e modelando a mudança Interna por meio de exemplos de superação. “Ao ouvir histórias como a sua, por exemplo, essas mulheres vêm que é sempre possível transformar e realizar”, ele me explicou.
Ao longo das 12 horas de workshop, as participantes aprendem a criar rituais para sustentação dos resultados alcançados e a gerenciar e a reconhecer suas emoções.
Um homem com visão feminina
Uma das coisas que mais admiro no Caê é a capacidade que ele tem de caminhar pelo nosso universo, aprendendo e ensinando sempre. “Eu aprendi muito com as mulheres que participam da jornada. Me inspiro na resiliência da mulher, na capacidade que tem de arregaçar as mangas e ir à luta, na habilidade multitarefa que permite que tenham foco em diversas frentes, a capacidade de serem maleáveis e ao mesmo tempo duras quando necessário, enfim, elas nunca deixam de me surpreender”, revela.
Para Caê, a jornada da mulher é uma missão de vida e ele vem fazendo isso com um primor inigualável! Tenho orgulho de fazer parte desse programa, de ser amiga do Caê, por quem tenho uma gratidão infinita por tudo que fez pela minha vida!
Quando descobri o meu propósito de vida de inspirar e empoderar pessoas para que elas possam transformar suas vidas e realizar seus sonhos, pensei muito na importância que o empurrãozinho do Caê teve na minha jornada e o quanto podemos fazer a diferença quando nos empenhamos em ajudar às pessoas a descobrirem seus verdadeiros potenciais.
Por isso, sempre que eu for convocada pelo Jornada da Mulher, certamente estarei lá! Gratidão Caê e continue sempre nessa sua missão transformadora!
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Rê Spallicci