Renata Spallicci faz uma análise da sua participação no WBFF, conta sobre os desafios de sua preparação e fala sobre o futuro de sua vida de atleta fitness.
No início deste ano, quando tomei a decisão de competir no WBFF, não imaginava que essa jornada seria desafiadora, gostosa, sofrida e maravilhosa! E não fazia ideia, sobretudo, do quanto esta caminhada seria importante no meu percurso de autoconhecimento, amadurecimento e consolidação daquilo do que realmente sou.
Quem vê os músculos e a definição no meu corpo não consegue imaginar como cada uma dessas fibras foi formada a custo de muito treinamento, dor, sofrimento, foco e força de vontade. Foram seis meses de um treino duríssimo, de uma dieta para lá de restritiva e de muita força interior para superar a vontade de desistir, os julgamentos e o medo do desconhecido. Mas foram, acima de tudo, seis meses mágicos na minha vida, e que estarão para sempre marcados em minha memória e, literalmente, em mim (fiz duas tatuagens para eternizar este período da minha vida! Rs).
Um dos pontos que mais me chamou atenção, nessa jornada, foi o quanto é difícil vivermos de acordo com aquilo em que acreditamos, quando esses princípios fogem um pouco dos padrões preestabelecidos. Por que uma executiva vai se meter a ser uma atleta fitness, ficar praticamente sem comer e ter que treinar de forma tão árdua? Esses questionamentos me cercaram ao longo desses meses das mais variadas formas, tanto externados realmente em bate-papos, como nos olhares inquisidores com os quais tive que conviver. Mas, para cada olhar de reprovação, eu tive palavras de apoio, gestos de incentivo e mensagens de solidariedade. Mais do que isso, para cada questionamento, eu tive a resposta de alguma pessoa que se sentia inspirada pelo meu esforço. E foi isso o que me fez continuar caminhando.
Desde o princípio, eu sabia que, mais importante do que a competição, seria a jornada. Eu queria me desafiar, me provar, me autoconhecer, entender e forçar os meus limites, transpirar e inspirar! E hoje, ao olhar para trás, eu vejo que esses seis meses serão um capítulo incrível do livro que um dia escreverei, uma parte essencial de minhas palestras, uma pecinha fundamental do quebra-cabeça da minha vida.
Em um mundo onde confraternizar normalmente é sinônimo de comer e beber, eu tive que abrir mão da minha vida social, tive que estar mais longe daqueles que amo, o que me levou mais ainda ao meu interior, a fazer descobertas, a observar e aprender. Tenho a certeza de que muita gente, ao ver um atleta no palco, se questiona sobre o seu treinamento, sobre quantas séries ele teve de fazer do exercício x ou y para alcançar aquele corpo, mas isso é somente a pontinha do iceberg. O verdadeiro treino, a grande batalha e o mais complicado desafio é o mental e o emocional.
Mas as conquistas são igualmente proporcionais aos sacrifícios. Recentemente, um pouco antes da competição, eu gravei uma entrevista para a IstoÉ, e uma das primeiras perguntas que me foram feitas foi a clássica: “quem é Renata Spallicci?”. E parece que nunca a resposta saiu tão fácil, clara e simples! Eu não me defini com um cargo, nem recitando meu currículo, mas sim, dizendo o que eu sou: uma executiva, atleta e influenciadora fitness. E foi esse momento da minha vida que me proporcionou a clareza do meu propósito e daquilo que sou.
Os últimos dias antes de 4 de junho
Mas vocês devem estar se perguntando, ok, Renata, mas conta da competição! Sim, sim, vamos lá! Bom, a competição aconteceu no dia 4 de junho, em Orlando, nos Estados Unidos. Fiquei com o terceiro lugar na minha categoria, o que não deixou de ser um resultado surpreendente para quem não era uma atleta “profissional” até seis meses atrás. O período que antecedeu a competição e que passei nos Estados Unidos em preparação final foi tenso e intenso. Muita fome, baixo nível energético, muito choro e total apoio da minha mãe e do meu namorado, o Toledo, que me acompanharam em toda essa jornada e foram carinhosos, amorosos e essenciais para a minha reta final de preparação.
O momento de subir ao palco, desfilar e competir foi mágico. Uma sensação de alegria, dever cumprido, emoção e alívio indescritíveis. O que, aliás, vocês vão poder acompanhar em breve, em um documentário que gravamos nos Estados Unidos nesse período e que vou lançar em capítulos no YouTube.
O pós-competição, então, foi melhor ainda! rs. Me acabei nos pães, doces, bolos, wafles, comi, comi e comi! Como se não houvesse amanhã. Mas houve! Já estou de volta à dieta, aos treinos e acreditem: já pensando na próxima competição. Afinal, o bichinho do palco me mordeu, e esta minha história está só começando!
Por fim, gostaria de agradecer às pessoas que foram essenciais nessa minha trajetória, como a Luiza Guirra, minha top personal, amiga e grande mestre fitness, o Anthony Perez, meu treinador americano, a Alex Davey, designer do Bikini incrível que eu usei e da minha Theme Wear, Namie Wihby que me ensinou a ser ainda mais feminina e todos aqueles que estiveram ao meu lado com palavras de incentivo ou simplesmente torcendo por mim!
Gratidão para cada um de vocês e vamos para o próximo desafio!
Quer conhecer mais sobre o WBFF? O que é, quais as categorias e detalhes do maior show fitness do planeta? Confira o vídeo que eu fiz, explicando tudinho para vocês!
https://www.youtube.com/watch?v=HfAi1Q1csz0&feature=youtu.be
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Rê Spallicci