Saiba como realizar o autocoaching e criar o seu próprio processo de desenvolvimento pessoal e profissional
“Nenhum vento será favorável para o barco que não sabe o seu porto de destino.” (Sêneca)
Tô com o Sêneca e não abro, haha. Para se chegar a algum lugar é preciso decidir, primeiro, onde se deseja chegar. E o acerto dessa escolha vai depender do quanto você conhece a si mesmo e seu propósito de vida!
“Lá vem a Renata com essa conversa…” Haha, gente, o quê eu posso fazer?! Vocês já sabem que a busca pelo autoconhecimento faz parte da minha vida. Como gosto de brincar, esse item já “veio de fábrica”, rsrs. E, nessa busca constante por me autoconhecer, o coaching foi uma das ferramentas que experimentei e que gosto demaaaais! Tanto assim que já fiz quatro processos de coaching. E posso te falar uma coisa? Todos valeram muito a pena. Obtive retornos incríveis!
Foi exatamente por isso que decidi publicar esse post, falando sobre o autocoaching: por gostar da técnica, por acreditar, de verdade, que ela funciona e por querer compartilhá-la com você, para que possa colocá-la em prática e se transformar na melhor versão de você mesmo. E sabe por quê? Porque acredito que, uma vez sabendo como transitar nesse processo de autoconhecimento e coaching, a pessoa consegue identificar as necessidades, perceber as oportunidades e criar soluções para que o mundo seja a cada dia melhor e as pessoas possam se tornar melhores e mais felizes. E pessoas felizes contagiam outras, criando uma grande onda de felicidade! E eu acredito que esse é o caminho para um mundo melhor! Com todos numa mesma energia e vibração.
Mas voltemos ao nosso tema: o autocoaching, uma ferramenta que pode ser essencial no seu autodesenvolvimento. No autocoaching você assume o papel de ser o seu próprio coach. Isso mesmo, fazendo uso de técnicas e ferramentas do coaching, você vai desenvolver suas competências e habilidades, estabelecer um plano de ação e monitorar os resultados.
Repensando a vida
Bem, se você se interessou em abrir este post e já me acompanhou até aqui, tendo a acreditar que você está realmente interessado em repensar sua vida e fazer novos planos. Então, deixe-me lhe fazer algumas perguntas:
Você está plenamente satisfeito com sua vida?
Seus níveis de satisfação com sua vida pessoal e profissional estão equilibrados?
Você está satisfeito com o modo de vida que está levando?
E com sua carreira? Você está satisfeito com a sua remuneração?
Está satisfeito com a sua saúde?
E com seus relacionamentos?
Se você respondeu “não” para algumas dessas perguntas, você não está sozinho. Aliás, faz parte da maioria da população mundial, em um cenário em constante transformação no século XXI. Sem contar a influência da mídia, que muitas vezes vende o conceito do corpo perfeito, da família perfeita, da carreira perfeita, da vida perfeita… A famosa família Doriana!!! Rs O que em boa medida influencia naquilo que desejamos e nos propomos a ser, fazer e ter, bem como evidentemente no tal nível de satisfação. Muito do que eu me proponho, aqui no nosso site, e até mesmo com este artigo, é justamente romper com esse paradigma de uma satisfação baseada em padrões prontos.
Ao sugerirmos que você conduza um processo de autocoaching, na verdade estamos incentivando você a buscar o equilíbrio e encontrar a plenitude. Assim, antes mesmo de iniciar o processo de autocoaching propriamente dito, é preciso passar por um exercício de autoconhecimento.
E aí, sem dúvida, um bom começo é identificar seu nível de satisfação com as diferentes áreas da vida.
Para isso eu sugiro começar pela execução da ferramenta Roda da Vida!
Criada pelos hindus, a Roda da Vida é uma ferramenta de assessment simples e eficaz na busca pelo equilíbrio entre o lado profissional e pessoal. Para isso, a técnica conduz a pessoa por um processo de avaliação pessoal de cada parte importante da sua vida, tendo em vista a harmonia e a consequente felicidade.
A Roda da Vida trata-se de um círculo dividido em oito, dez ou doze partes como um gráfico de pizza, representando, geralmente, os aspectos pessoais abaixo.
– Amigos e Familiares: a maneira que você se relaciona com pessoas próximas, se é aberto com essas pessoas, qual a frequência afetiva recebida, como é o diálogo e como os conflitos são resolvidos.
– Lazer: o tempo que você gasta com atividades que te dão prazer e te relaxem e se aproveita momentos de lazer com qualidade.
– Vida Financeira: aqui você irá avaliar se seu rendimento financeiro é o suficiente para suprir necessidades básicas, se é o suficiente para que você tenha uma vida confortável ou se é um problema constante em sua vida.
– Intelecto: o tempo que você gasta investindo em sua educação, se o conhecimento que tem é satisfatório, se realiza algum curso e o grau de satisfação com sua vida acadêmica.
– Espiritualidade: avaliar a sua força interna, a maneira que você lida com sua fé e preceitos que acredita e se eles estão alinhados com a visão que você tem de moral e se são coerentes com seus valores.
– Amor: o relacionamento afetivo que você tem com outra pessoa. Aqui você irá avaliar os sentimentos, o respeito mútuo, as metas feitas em conjunto, a visão de futuro no relacionamento e a avaliação de dificuldades e bons momentos.
– Trabalho e Carreira: avaliar se o que você faz te traz satisfação, se é o que você sempre quis fazer, se te traz benefícios, conhecimento e se você se sente bem em seu ambiente de trabalho e com as atividades que exerce.
– Saúde: considerada pelos hindus a parte mais importante, pois sem saúde nada flui. Aqui você irá avaliar o cuidado que tem com sua saúde, se realiza exames periódicos, a maneira que se alimenta, se exercita seu corpo e tem um acompanhamento adequado.
Vale lembrar que estamos falando de um processo conduzido por você, com você e para você… ou seja, espero que você seja sincero com você mesmo, haha! Se assim for, vai conseguir obter um retrato fidedigno de como está a sua vida, as áreas em desequilíbrio, aquilo que não está legal, as áreas que precisam de atenção… isso vai ajudar você a direcionar as mudanças necessárias.
Identifique valores e bloqueios
Uma vez concluída a primeira etapa, é hora de você pensar nos seus valores: O que é importante pra você? Quais são as coisas das quais não abre mão, aquelas que, se o seu sonho fosse colocado à prova, você deixaria de fazê-lo. Por exemplo, uma questão ética. E você pode estar se perguntando? Tá, mas por que isso é importante? Porque, na verdade, o respeito a essas crenças é que vai garantir a sua paz e felicidade, a consciência limpa, o caminho correto. E pode também determinar se você vai perseverar em buscar o objetivo proposto ou, sentindo-se “violentado” em seus principais valores e crenças você desista.
O que te impede de chegar lá? Esse é o passo seguinte: fazer uma autorreflexão, em cada uma daquelas áreas da vida, buscando enxergar quais são as crenças limitantes, quais são as coisas que ficam atrapalhando, impedindo de avançar. Identificar, entender os porquês e enfrentar de frente essas “resistências” é parte fundamental do processo. E, aqui, uma palavrinha pode fazer toda a diferença: indignação! Sim, essa pode ser a força interior capaz de mover você na direção da transformação. A gente só tem motivação pra mudança se tiver consciência do nível de desconforto com a atual situação. E, ao mesmo tempo, se o meu almejado novo status for estimulante, desejável o bastante para me incentivar a acreditar que vale a pena pagar o preço dessa mudança!
Acho que você entendeu, né? É nesse momento que a indignação deve levar a uma consciência de que o seu sonho, o seu objetivo é maior do que todas essas coisas que querem te travar, essas limitações… Aí, finalmente, você vai estar preparado para a terceira etapa do processo.
Defina um plano de ações
A terceira etapa no processo de autocoaching é o plano. É hora de fazer o planejamento estratégico para a sua vida. E, numa boa, as pessoas precisam levar isso muito a sério. As pessoas fazem planejamento estratégico para as empresas, param as máquinas, dão atenção ao assunto, contratam consultorias para planejar o futuro dos negócios… mas esses mesmos profissionais, que reconhecem a importância, acreditam e pregam os benefícios de se fazer um planejamento para as empresas, não fazem isso para as suas próprias vidas! Genteee, como assim???
Você precisa se dar a possibilidade de um “parem as máquinas”, de fazer uma reflexão. Você precisa se automotivar pra fazer isso, precisa se comprometer. Não há outro jeito de conduzir o processo de mudança, é preciso um planejamento estratégico. Ele vai te dar uma bússola muito bem afinada para você conseguir, inclusive, definir suas prioridades e gerenciar o seu tempo. Porque, sem planejar, você não sabe tudo o que você tem pra fazer, você não consegue identificar claramente as coisas que são importantes e você vai fazendo tudo. E o que vai acontecer? Vai chegar uma hora em que vem aquela sensação — que a grande maioria das pessoas reclama – de falta de tempo. Porque você vai fazendo sem planejamento, passa na frente da outra uma tarefa que não era prioridade naquele momento, ou toma tempo demais com algo, sendo que poderia estar fazendo outra coisa que é realmente seu foco… o planejamento é fundamental e pode ajudar muito nesse sentido de deixar claro quais as ações importantes, orientando assim suas prioridades.
Claro que cada pessoa tem um perfil. Para algumas, cuidar do plano vai ser muito mais fácil do que a primeira etapa, quando foi preciso se autoconhecer e decidir o que realmente você quer para a sua vida. Já, para outros, será justamente o contrário. Ou seja, a dificuldade de planejar, de escrever um plano poderá ser algo realmente pouco prazeroso. Mas, acredite, a metodologia é muito amigável e você poderá pesquisar e fazer uso de diferentes ferramentas, que irão ajudá-lo nesse processo.
Aliás, vale destacar que todas as ferramentas usadas no mundo corporativo – como metas SMART, PDCA, SWOT… – foram sendo aprimoradas e aplicadas nos processos psicológicos. Mais recentemente, com a ascensão do coaching, isso ficou menos subjetivo e mais prático. Acho que a grande diferença do coaching é que ele é muito prático, muito objetivo.
Diferentemente de outras terapias e processos de autoconhecimento, no coaching você não vai tão profundo nas camadas pra se entender, pra tentar entender exatamente a causa raiz daquela situação na infância ou em algum lugar de trauma. É muito prático, é para aquele momento da sua vida que você quer resultado rápido, que você quer ver aquilo acontecendo a qualquer custo. Por isso, considero o coaching muito bacana, acho que ele traz um equilíbrio entre o processo de se autoconhecer – que, sim, eu supercurto! – e o colocar em prática. Tem hora que a gente precisa mesmo dessa “dureza” e objetividade. Daquele momento: “ok, esse é você, essas são suas crenças, suas limitações, mas vamos colocar no papel e fazer acontecer”!
Ainda dentro desta etapa do planejamento, é importante você estabelecer uma agenda positiva das coisas que você tem para fazer e desmembrar isso em tarefas, desmembrar em milestones. Por exemplo, se você tem um objetivo em sua carreira de chegar a um determinado cargo daqui a cinco anos, você precisa desmembrar isso em pequenos objetivos que vão fazer você chegar lá. Como fazer isso? Boas perguntas vão ajudá-lo a desmembrar seu objetivo em uma lista de pequenas tarefas. É verdade, o coaching é um processo de perguntas e respostas. Você tem que fazer muitas perguntas, e sempre perguntas abertas. Para que suas respostas te provoquem a observar e pensar no que você poderia fazer diferente do que você tem feito e encontrar alternativas. Porque, de verdade, sempre há alternativas. Portanto, faça as perguntas certas…
O que você poderia fazer diferente do que você está fazendo hoje?
Do que você poderia correr atrás que você não está correndo?
Quais são os cursos que você poderia fazer?
Quem são as pessoas que você poderia conectar?
Como você poderia melhorar sua gestão do tempo?
O que você está fazendo hoje que você poderia deixar de fazer?
O que você não está fazendo que você deveria colocar na sua rotina urgentemente?
Quais são as atitudes positivas que você tem que ter?
Quais são os comportamentos negativos que você tem que exterminar do seu dia a dia?
Essas perguntas vão te direcionando e você vai estabelecendo esses milestones que vão ajudar você a, degrau por degrau, alcançar seus objetivos.
Ah, e muito importante: os objetivos têm que ser mensuráveis, atingíveis e com data definida. Do tipo: “vou fazer almoços de negócios uma vez por semana com algum colega”; “vou participar, uma vez por mês, de algum evento do meu setor”; “vou me inscrever em uma pós graduação e me formar daqui um no e meio”. E um objetivo deve gerar perguntas que vão gerar novas ações. Se você vai fazer um curso de pós-graduação, por exemplo, é preciso perguntar: Como você vai fazer esse curso? Como pretende subsidiar? Se você não tem como subsidiar, o que você vai fazer pra ter o recurso necessário? Com o emprego que você tem hoje você consegue? Você pode ter uma segunda renda? Você consegue correr atrás de alguma outra coisa pra ajudar a subsidiar? Você consegue fazer algum trabalho freelancer? Você tem alguma outra alternativa? Você pode conseguir uma bolsa de estudo? Enfim, é esse o caminho para se fazer o plano.
E, suuuuperimportante, é preciso colocar seu plano no papel! Não se trata de ser old-school, mas sim de você realmente formalizar. Pode ser no computador, no bloco de notas, no Word, no Excel, em mil ferramentas, em uma folha de papel, em uma cartolina… isso não importa, mas realmente é preciso formalizar. Você precisa ter isso escrito em algum lugar, para que você efetivamente se comprometa!
Execute, execute, execute…
E chegamos à última parte do autocoaching, que é a mais legal de todas: a realização! A realização é mesmo colocar em prática o plano, é a execução, é o dia a dia e é também o acompanhamento.
Você precisa olhar para aquelas metas e descobrir a metodologia ou as metodologias que você vai adotar para controlar e acompanhar a execução do seu plano. Pode ser uma lousa, uma cartolina, post-its. Escolha aquilo que funciona melhor para você registrar aquilo que foi feito ou não. Para mim, e acredito que para quase todos, a principal ferramenta é a agenda. Com a agenda você define como vai dividir seus horários e como você vai organizar as suas prioridades. E comprometa-se com a execução dessa agenda. Na vida profissional, se você agenda um compromisso com seu gestor, você não vai faltar, porque sabe da importância, porque sabe do risco das consequências, porque sabe que precisa mostrar o seu comprometimento e a sua responsabilidade etc. Você precisa do mesmo nível de compromisso e disciplina com seu plano de vida pessoal. Se você estabeleceu que precisa estudar de tal a tal horário, sente-se e estude! Se alguém chamar para dar uma saidinha, diga “não”. Respeite e cumpra sua agenda.
O acompanhamento do plano é fundamental, verifique se você está, de fato, engajada com seus objetivos, cumprindo à risca o plano de ação e se está obtendo os resultados esperados.
Eu acredito que se você fizer uso das técnicas e ferramentas que comentamos aqui, conduzindo seu próprio coaching, você conseguirá promover mudanças importantes na sua vida e alcançar o sucesso e a tão sonhada felicidade!
Mais aliados na jornada
A travessia em direção ao autoconhecimento não é tarefa simples. Ao lado de uma boa ferramenta de autoavaliação, como a Roda da Vida, acredito que vale muito a pena investir em alguns livros e vídeos. Eu mesma, em minha longa jornada de autoconhecimento, tive nos livros e filmes importantes aliados que me ajudaram a abrir a mente, a me entender melhor e a perceber novos caminhos e novas formas de ser. Assim, cumprindo meu propósito de ajudar e inspirar pessoas, compartilho com vocês algumas obras que me ajudaram nessa caminhada. Espero que possam também inspirar vocês.
LIVROS:
O despertar de uma nova consciência – Eckhart Tolle
Eckhar Tolle aborda um dos temas que acho fundamental para o autoconhecimento: o ego. Somente sabendo encontrar um equilíbrio entre alimentar e dominar o ego é que conseguiremos ser melhores. Um livro para qualquer momento da sua vida e que não me canso de ler.
Singular – Jacob Petry e Valdir Bündchen,
Autenticidade – Bill George
Gestão da Singularidade – Eduardo Carmello
Com abordagens distintas, esses três livros falam de um mesmo tema: a singularidade. De forma complementar as obras abordam a questão da singularidade, da importância de sermos diferentes e de seguirmos nossos princípios.
A Vida que Vale a Pena ser Vivida – Clovis de Barros Filho e André Merucci
Os autores falam sobre a necessidade de buscarmos um sentido em nossa vida, pois só assim ela realmente valerá a pena de ser vivida. Parafraseando o autor Clóvis de Barros Filhos, a vida que vale a pena ser vivida é a sua!
A alma imoral – Nilton Bonder
Baseado nos princípios da Cabala, o livro traz reflexões do que é moral e imoral, que eu acredito ser essencial na trajetória do autoconhecimento.
Nunca desista de seus sonhos – Augusto Cury e
Você é do tamanho dos seus sonhos – César Souza
Dois livros fantásticos que mostram a importância de buscarmos nossos sonhos e, mais do que isso, realizá-los. Coloco ambos na lista dos que precisam ser lidos!
Mentes perigosas – O psicopata mora ao lado – Ana Beatriz Barbosa Silva
Este eu recomendaria para todos! Ajuda-nos muito em relação ao outro e a reconhecê-lo, além de nos proteger dessas pessoas que tanto nos fazem mal, principalmente dentro dos ambientes corporativos.
Insigth – Volume 1 e volume 2 – Daniel C. Luz
É um daqueles que não precisa ser lido de uma vez. Pode ser lido fora de ordem, por trechos, enfim, um grande potencializador de ideias.
FILMES
A Caixa – 2009
Um filme realmente bárbaro que indico é “A Caixa”(the Box). Ele é um suspense daqueles que você não consegue tirar os olhos da tela e que mexe muito com os seus valores e o leva a ter inúmeros questionamentos éticos. O filme questiona exatamente nossas escolhas morais, nossa ética e a forma como, muitas vezes, adaptamos nossa moral de acordo com um momento, uma necessidade ou um conflito. O filme nos faz refletir sobre a nossa natureza humana e sobre os conflitos éticos que vivemos em nosso dia a dia, em situações bem mais comuns. Criticamos os políticos por corrupção que envolve centena de milhões de reais, mas, não raro, achamos normal não alertar o caixa do supermercado de que ele deixou de passar um produto.
O Preço do Amanhã – 2011
Imagine um mundo no qual o tempo é a moeda corrente. Os mais ricos têm horas de vida ilimitadas, e os pobres vivem para conseguir, ao menos, as horas para viver por mais um dia. Essa é a máxima de “O Preço do Amanhã” que discute também questões éticas e faz uma analogia bacana com o mundo capitalista. O que você faria por mais alguns dias de vida? Você daria horas de vida para alguém que está necessitado? O filme é chocante, pois nos mostra de uma forma mais crua o que na realidade vivemos, mas tendo o tempo como uma metáfora ao dinheiro.
Divergente – 2014
Este filme, para mim, é um daqueles must watch movies. A história é assim: em uma Chicago futurista, as pessoas, aos 16 anos, devem escolher uma facção onde viverão até o resto das suas vidas. Há a facção dos amorosos, dos audaciosos, dos guerreiros, dos intelectuais, e assim por diante. E há os divergentes que não são nada disso e, por outro lado, são tudo isso! Certamente seria onde eu me encaixaria neste mundo! Rs O que mais vale a pena mesmo no filme é a análise psicológica desses diversos perfis e a crítica a essa nossa mania de classificar, padronizar e “encaixar” todo mundo em um compartimento estanque. Eu ouso dizer que a pequena parcela da população que realmente se conhece e que busca o autoconhecimento, e questionam os padrões e regras da sociedade seriam os divergentes!
O Doador de memórias – 2014
Na mesma linha do “Divergente”, “O Doador de Memória” também passa em uma sociedade do futuro, na qual as pessoas vivem em um mundo aparentemente ideal, sem doenças nem guerras, mas também sem sentimentos. Uma única pessoa é encarregada de armazenar as memórias desse mundo passado cheio de sofrimentos, de forma a poupar os demais habitantes da tristeza e também para guiá-los com sua sabedoria. Com todas as pitadas hollywoodianas, o filme discute a questão da manipulação de massa e do quanto a mídia pode nos hipnotizar. Eu realmente acredito nessas premissas.
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Rê Spallicci