Renata Spallicci fala sobre o poder de aceitarmos nossas vulnerabilidades e imperfeições para o exercício de uma vida plena.
Nesta semana assisti a um vídeo que me tocou profundamente. Em uma palestra do TED, a pesquisadora Brené Brown aborda como o poder de aceitarmos a vulnerabilidade, que é comum a todos nós, nos torna mais felizes, criativos e conectados uns aos outros.
Vivemos em um mundo repleto de padrões e que nos exige a perfeição. Precisamos ter o corpo perfeito, o emprego perfeito, o relacionamento perfeito. E é claro que essa “perfeição” é determinada por um padrão que nos é imposto pela sociedade.
E para sermos aceitos, buscamos cegamente atingir esse padrão de perfeição, muitas vezes contrariando nossa essência e nos tornando desconectados da vida, da felicidade e das demais pessoas.
A pesquisa realizada por Brené Brown mostra que, quanto mais as pessoas se assumirem como são e derem as costas para esse “modelo perfeito”, mais felizes elas serão. Afinal, o que nos torna únicos e singulares, ou pessoas de coração pleno, como ela define, são nossas imperfeições e nossas vulnerabilidades perante a vida.
Nos últimos anos tenho investido muito em processos que me levem a aumentar o autoconhecimento. E, ao me conhecer, entendo minhas fraquezas, vulnerabilidades e imperfeições. Ao contrário do que pode parecer, por mais doloroso que seja, esse processo de entender e conhecer os seus “defeitos” é totalmente libertador. Quando assumimos nossas imperfeições, passamos a exigir menos de nós mesmos e nos tornamos mais plenos com a vida.
Ter a coragem de ser imperfeito e vulnerável nos torna mais abertos aos erros e, com isso, temos mais forças para nos relacionar, aceitar desafios, buscar aquilo que realmente nos faz mais felizes. É exatamente assim que enxergo a vida. Você não pode nunca deixar de tentar, por ter medo de errar. Quebrar a cara, errar, recuar, mudar de ideia não é sinônimo de fraqueza, mas sim de coragem de lutar por aquilo em que acredita.
Desde pequenos somos criados para aceitarmos que somos perfeitos. Nossos pais, por amor, é claro, insistem em nos reforçar essa ideia, quando, na verdade, deveriam nos fazer compreender que perfeição não existe e que são nossas imperfeições que nos transformam em seres especiais.
Tento ser sempre a melhor em tudo o que faço. Mas não a melhor dentro de um padrão de perfeição, mas a melhor na possibilidade das minhas vulnerabilidades e imperfeições. Para mim este é o sentido da vida: conhecer minhas fraquezas, aceitá-las e viver de forma plena com elas. Quando aceitamos nossos defeitos, sentimos mais amor por nós mesmos e, só nos amando com nossos defeitos e imperfeições, é que nos permitiremos ser amados e teremos condição de nos conectarmos plenamente ao outro.
A cada dia me sinto mais feliz por encontrar meu caminho, por não ligar para o que outro pensa a meu respeito, por desafiar padrões e por buscar aquilo que diz a voz do meu coração e da minha essência.
Por isso, seja você mesma sempre! Corra em busca daquilo em que acredita e não do que acha que esperam de você. Olhe-se sempre no espelho e admire suas imperfeições, do corpo e da alma, pois é o conjunto das nossas virtudes e defeitos que nos tornam verdadeiramente únicos.
Fiquem com o lindo vídeo de Brené Brown (clique aqui) e tenham coragem de ser imperfeitas e vulneráveis!
Gratidão por ter vocês comigo!
Renata Spallicci
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Rê Spallicci