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Autoconhecimento

Superando barreiras e preconceitos para ser feliz

Conheça a história do jovem Renan, bailarino do Projeto Ballet Paraisópolis que encanta a todos com seu talento.

 2 de setembro de 2016
5 min de leitura

Superando barreiras e preconceitos para ser feliz

Quebrar barreiras, vencer preconceitos, correr atrás dos seus sonhos! Fazer aquilo que nos dá prazer pode parecer algo simples, mas muitas vezes requer sacrifícios e nem sempre todos têm as mesmas oportunidades para a realização.

Mas os verdadeiros campeões, quando as têm, agarram as chances com unhas e dentes, passam por cima de qualquer dificuldade e brilham! E é assim que tem sido a vida de Renan Mascarenhas Oliveira, um garoto de 16 anos que, desde 2014, se dedica ao seu sonho: dançar.

Filho de uma doméstica e de um porteiro, ambos nordestinos que vieram para São Paulo em busca de melhores condições de vida, Renan nasceu e vive em Paraisópolis, a segunda maior comunidade de baixa renda de São Paulo. Desde pequeno gostou de dançar, mas a falta de condições financeiras de seus pais impedia que tentasse estudar em alguma academia e se dedicar à arte.

Até que, há três anos, Renan foi apresentado por uma amiga ao Ballet Paraisópolis, um projeto social criado e gerido pela bailarina com carreira internacional, Mônica Tarragó, apoiado pelo site Renata Spallicci, realizado pelo Ministério da Cultura e com patrocínio do Banco Itaú e da Apsen, que atende 200 jovens e adolescentes, ensinando a arte do ballet clássico e contemporâneo.

E, logo no início, Renan enfrentou sua primeira prova de fogo: “Fiz o teste de seleção e passei, mas precisei perder mais ou menos oito quilos”, relembra.

Afinal, o ballet é uma atividade que mistura a sensibilidade da arte com a disciplina e rigidez do esporte e, para se tornar um bom bailarino, são necessárias horas e horas diárias de treinamento, uma dieta alimentar adequada e muita dedicação.

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Mas vontade é o que nunca faltou para Renan. Se, antes de entrar para o ballet, a sua vida se resumia a ir para a escola, depois que começou com a dança, usa todo o seu tempo livre para aperfeiçoar a técnica e ser um bailarino cada dia melhor.

Além de torná-lo um bailarino promissor, o projeto vem proporcionando outros aprendizados a Renan. Ao longo dos anos de formação, os alunos fazem aulas de dança contemporânea, participam de workshops com bailarinos profissionais, saem para assistir a apresentações de companhias de ballet renomadas de São Paulo, visitam pontos culturais, frequentam oficinas de inglês, assistem a palestras sobre orientação sexual e hábitos alimentares, e muito mais. Tudo isso para formar bons bailarinos, mas também pessoas mais qualificadas e instruídas. “O projeto me ensina a respeitar as diferenças e ter mais responsabilidades, e vou precisar de  tudo isso para toda minha vida”, reafirma o jovem.

Vencendo o preconceito

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Se a vida de um campeão é sempre repleta de desafios, Renan também supera o preconceito, mostrando a mesma graça e elegância com que dança nos palcos. Em um país machista e com pouco refinamento cultural, infelizmente, o ballet ainda é visto como ”coisa de menina”, e Renan conta que convive diariamente com o preconceito.

Mas o jovem driblou e dribla as “brincadeiras” com a mesma leveza que  o faz encantar nos palcos. “Existe, sim, preconceito, mas eu tento mostrar que isso não é verdade, e que nós temos de fazer tudo aquilo que nos torna felizes”, comenta com maturidade.

Mas vencer o preconceito e as dificuldades fica mais fácil para Renan, pois ele conta com o apoio incondicional de seus pais que têm orgulho do talento e da capacidade do filho. “Em todas as escolhas da minha vida eu sempre tive apoio dos meus pais, e sempre que pensei em desistir, eles me motivaram”, revela.

Para Renan, o ballet é o maior motivo de felicidade, e estar no palco é o que lhe dá mais prazer. “Cada apresentação é uma sensação diferente, nova e prazerosa, que me motiva a querer cada vez mais.”

Mais do que uma paixão, Renan quer transformar a dança em profissão e já faz planos para o futuro. “Pretendo me formar no ballet, especializar-me em Dança Contemporânea e me tornar coreógrafo e professor”, projeta.

Brilhando por onde passa com a sua dança, Renan tem um futuro promissor pela frente e mostra que, tendo oportunidade, podemos descobrir inúmeros talentos, não somente no ballet, mas em inúmeras atividades. Que o jovem continue encantando a todos com sua capacidade ímpar de expressar por meio de seu corpo um mundo de emoções e de possibilidades, e que mais e mais Renans possam realizar seus sonhos!

Assista ao documentário que Renata Spallicci fez com o Ballet Paraisópolis:

https://www.youtube.com/watch?v=mqpOjq9VeFE

 

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Assista ao documentário que Renata Spallicci fez com o Ballet Paraisópolis:

https://www.youtube.com/watch?v=mqpOjq9VeFE

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Rê Spallicci