Hoje Kawel Lotti estreia no meu site!
Por: Kawel Lotti
Muitos locais no Brasil anunciam a cada semana medidas mais rígidas no combate à propagação do novo coronavírus. Que elas são necessárias, todos concordamos. Mas essas ações precisam ser planejadas de forma adequada, principalmente pensando nos pequenos e médios empresários que dependem de porta aberta ou até de locomoção nas ruas para sobrevivência do seu negócio.
Há uma infinidade de soluções para driblar esse cenário, em sua maioria tecnológicas, mas nem todas acessíveis para esse nicho empreendedor, pois não podemos comparar a receita de um franqueado de grande rede de fast food, por exemplo, com uma microempreendedora que faz e vende ovos de Páscoa artesanais.
Os aplicativos de delivery, por exemplo, cobram em média até 30% sobre cada transação, assim como os meios eletrônicos de pagamentos como maquininhas de cartão, que solicitam 3% em média a cada venda efetuada. Para quem depende de vendas pontuais e não em massa, a soma no final do mês pode ser traumática – motivo pelo qual, talvez, as empresas no Brasil durem tão pouco.
Apesar de todo esse encanto do mundo digital, que possibilita fazermos transações, cobrar e receber a distância, além de, pensando do ponto de vista empresarial, enviar comidas, remédios, roupas e diversos produtos via aplicativos de entrega é um caminho sem volta, e os negócios devem se adaptar ao modelo de delivery por uma questão de sobrevivência, porém o empreendedor agora precisa refletir sobre as taxas altas sobre cada venda realizada, e buscar alternativas com aplicativos que viabilizem seus negócios com mensalidades fixas como SaaS – Software a Service, ou negociar a redução das taxas.
De acordo com o Mapa das Empresas do Ministério da Economia, apenas no primeiro mês de 2021 já foram abertas 354,7 mil microempresas. No mesmo período em 2020, o patamar estava 27% abaixo.
Isso mostra que muitas pessoas foram impulsionadas pela crise da COVID-19 para tirar seus projetos do papel ou achar a luz no fim do túnel do desemprego com o empreendedorismo. Ou seja, cada vez mais pessoas chegando a um objetivo comum – o de empreender, com isso, se faz necessária a criação de alternativas mais democráticas que garantam a sobrevivência social e também no mundo dos negócios.
Com as pessoas mais tempo em casa, o consumidor passou a comprar online e o lojista teve que pensar em meios para cobrar e receber à distância. E diante desse cenário, já há no mercado opções que oferecem ao pequeno negócio a possibilidade de venda por delivery pagando um plano mensal independente do número de pedidos no período.
São soluções assim que devem se tornar cada vez mais comuns, atendendo não apenas as necessidades do novo consumidor, mas do novo empreendedor também que tem uma relevância ímpar para economia nacional nos tempos em que vivemos e necessita ferramentas para continuar trabalhando e contribuindo.
Kawel Lotti
*Kawel Lotti é fundador e CEO dos Grupos Ceofood, aplicativo de delivery de tudo, e Ceopag, fintech especializada em meios eletrônicos de pagamentos
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Kawel Rodrigo Lotti é empresário e atua no ramo de delivery, com o Ceofood, aplicativo que oferece uma opção para usuários e comerciantes, principalmente de cidades interioranas, e que ao contrário dos demais aplicativos semelhantes, não cobra nenhuma taxa em cima dos pedidos feitos pela plataforma. Outro negócio dirigido pelo empreendedor é a fintech Ceopag, especializada em pagamentos eletrônicos e digitais, com um aplicativo de celular que substitui a maquininha de cartão e que oferece possibilidade e pagamento até por meio de reconhecimento facial. Antes de iniciar a trajetória empreendedora, Lotti foi gerente regional de diversas divisões da Vivo, trabalhou também em cargos de gestão em empresas como DPASCHOAL, Xerox International Partners. Além de atuar como CEO da Aqio Franchising por dois anos.