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Carreira

Como será o mercado de trabalho do futuro?

Como a quarta revolução industrial afetará o mercado de trabalho e como podemos nos preparar para este futuro próximo.

 6 de junho de 2019
6 min de leitura

Conheça o mercado de trabalho do futuro!

Há meses venho escrevendo aqui diversos artigos sobre as competências e habilidades dos líderes diante do  novo modelo que vem se impondo no mercado de trabalho e da chamada quarta revolução industrial.

E, hoje, quero tratar de um tema que pode parecer saído de um filme de ficção científica, mas que revela uma realidade que está mais próxima do que imaginamos: a “invasão” dos robôs no mercado de trabalho.

Você está preparado?

A era dos maiores avanços tecnológicos

A era dos maiores avanços tecnológicos

Nunca na história da humanidade vivemos tantos avanços tecnológicos. Mudanças que  aumentam a longevidade humana, disponibilizando a internet para todos, mesclando inteligência humana e artificial.

Um momento ímpar em nossa história e do qual temos o privilégio de sermos atores e espectadores. Como diz o fundador do X-Prize, Peter Diamandis, “é realmente o momento mais emocionante para se estar vivo”.

Em contrapartida, se podemos nos deslumbrar com este momento especial da história do homem na terra, todas essas mudanças nos trazem ansiedade e incertezas, pois não sabemos  se estaremos prontos para aproveitar todas as oportunidades que se apresentam.

Afinal, por mais que muitas das mudanças que estamos acompanhando em nosso dia a  dia nos levem a uma vida mais fácil e confortável,  também afetam drasticamente a forma como trabalhamos, como vivemos e até como encontramos sentido em nossas vidas.

A tecnologia que traz a automatização

O primeiro fator é o impacto direto da tecnologia no trabalho. Em 2013, economistas da Universidade de Oxford publicaram um artigo que prevê que, nos próximos anos,  47% dos empregos nos Estados Unidos serão informatizados ou substituídos por robôs.

Calma! Isso não é o fim do mundo, até porque se estima que 65% dos trabalhos que existirão até o momento em que os alunos do Ensino Fundamental de hoje entrarem no mercado de trabalho, ainda nem terão sido criados. Mas, é claro que isso significa que muitos de nós precisaremos procurar novos empregos e nos redefinir no mercado de trabalho.

O segundo fator é o deslocamento da população global de trabalhadores. Enquanto a geração de baby boomers está se aposentando (ou ficando mais tempo do que seus predecessores), a geração do milênio e a Geração Z estão entrando e mudando o local de trabalho.

Segundo Elatia Abate, empreendedora, especialista em capital humano e líder de pensamento sobre o tema do futuro do trabalho, sócia do FESA Group Miami,  firma de consultoria em busca de executivos e capital humano com sede em São Paulo, espera-se que, nos próximos 5 a 7 anos, 3 bilhões de pessoas que nunca tiveram acesso à Internet estejam conectadas, e as oportunidades de empreendedorismo e educação aumentem exponencialmente.

“Além disso, há uma tendência maciça em direção ao trabalho freelance. Nos EUA, há estudos que preveem que 50% da população será freelancer na próxima década.”

O que acontece, então, quando um trabalho não é mais um trabalho?

“A estrutura que pode nos ajudar a prosperar em face de toda essa incerteza é composta de mentalidade, educação e colaboração. Em suma, entender que temos autoridade sobre as escolhas que fazemos, independentemente do grau de ruptura, e que, acima de tudo, precisamos praticar e aprender a resiliência. Finalmente, que o mundo não é mais sobre ‘eu’, mas sobre ‘nós’”, comenta Abate.

A verdade é que podemos ser reativos às circunstâncias, desejando que as coisas voltem a ser como eram – ou a maneira como pensávamos que eram. Ou podemos assumir a rédea de nossos próprios destinos e nos fazer a pergunta crítica: “Dado tudo isso (mudança / ruptura / confusão), o que eu quero criar?” E, então, definir os novos passos rumo ao futuro.

Diante da drástica ruptura que estamos acompanhando, ninguém saberá quais são as respostas corretas – ou o que é “certo”. Então, a habilidade mais importante que todos podem praticar agora é a resiliência.

Temos de aprender a ouvir “não” cinquenta vezes mais do que antes e estarmos prontos para fazer atividades que nunca fizemos.

Colaboração ao invés da competição

Negócios do passado estavam enraizados na escassez. O entendimento era que havia uma quantidade limitada de recursos e de participação de mercado. Ou seja, se eu estou ganhando, você está perdendo e vice-versa.

Como resultado dessa realidade, aprendemos que, quando criamos, pensamos em como podemos maximizar o que obtemos, o que significa minimizar o que a outra parte recebe.

Já os modelos de negócios do futuro estão enraizados na abundância e na ideia de que todos ganham. Quanto mais alguém ou uma empresa se aprimorar por meio da educação, de novos produtos, etc. e depois contribuir com esse valor para o todo, mais todos se beneficiarão.

Você pode observar essa diferença em como a Coca-Cola e a Tesla gerenciam suas patentes. A fórmula da Coca-Cola tem sido guardada por mais de um século. Em contraste, em 2014, a Tesla abriu todas as suas patentes para uso, de boa fé, por qualquer pessoa. Ela reconhece que as tecnologias que detêm sob patente serão úteis para ajudar a resolver maiores desafios globais. Ao liberar as patentes, todos podem ganhar.

Este futuro que parece tão distante já está acontecendo agora, e cabe a nós decidirmos se queremos ser reativos às mudanças ou  liderá-las! Claro que o mundo caminhará para frente, independentemente se embarcarmos ou não nesta jornada. Portanto, parece claro o caminho que devemos tomar.

Como será o mercado de trabalho do futuro?

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Rê Spallicci