“Os Incríveis 2” marca o ápice de uma nova tendência das animações: a de empoderar as mulheres
Gente! Vocês assistiram “Incríveis 2”? Então, parem tudo e corram pro cinema pra ver! O filme é uma delícia, superagitado e divertido! E sabem o mais legal? Quem dá as cartas na aventura é a mulher elástica, deixando o Sr. Incrível em casa, cuidando das crianças!
Esta animação confirma uma tendência de mudar aquele estereótipo das princesas “cor-de-rosa”: lindas donzelas indefesas à espera de um príncipe valente montado em um cavalo branco que chega para salvá-las! Desde Pequena Sereia lá em 1989, passando por Valente, Frozen, Moana, Zootopia, as mulheres passaram a ter papel central nas tramas de animação, mas agora como meninas corajosas, destemidas e donas do seu próprio nariz (ou focinho em alguns casos… hehe).
Mulher-elástica dá as cartas em “Os Incríveis 2”
Mas “ Os Incríveis 2” vai ainda mais longe! Com dificuldades financeiras e proibidos de exercerem o papel de heróis, Sr. Incrível e Mulher Elástica estão morando em um hotel meio muquifento e sem perspectivas de melhora. Até que ambos são convidados por um milionário excêntrico para experimentarem uma nova tecnologia e mostrarem ao mundo que os heróis são necessários. Na “entrevista de emprego”, qual a surpresa do casal ao ser informado de que, pelos testes realizados, a Mulher Elástica era quem apresentava as condições ideais para a “vaga”, deixando o Sr. Incrível pra escanteio!…
E é aí que a trama dá o tom dos dilemas femininos atuais: ela aceita o “emprego” e deixa seu marido com a autoestima de “macho-alfa” abalada… e, caso opte pela oferta, ele toparia ficar em casa e cuidar das crianças?
De forma divertida, a animação coloca em pauta as dificuldades da mulher para crescer no mercado de trabalho, a culpa por “deixar” os filhos para investir na carreira, enfim, um verdadeiro retrato da mulher do século XXI.
O bacana disso tudo é ver esta temática em um filme voltado para crianças, o que nos dá a esperança de termos uma futura geração mais habituada à igualdade de condições de gêneros, e as novas formas de organização dos casais, coisa cada vez mais comum hoje em dia, porém ainda encaradas com desconfiança por boa parte da sociedade.
E mais legal ainda é que tudo acontece como deve ser: o casal soma forças, mesmo ele ficando acabado por ter a “dura missão” de cuidar das crianças, e tudo acaba bem no final!
Oito mulheres e um segredo
Mas não é só na animação que as mulheres começam a ter mais protagonismo no cinema. O filme Oito mulheres e um segredo é um exemplo divertido de como as mulheres estão ocupando seu espaço até em um clássico do cinema! O filme é uma continuidade de “Onze Homens e Um Segredo” (1960) que ganhou remake, e ainda, ao longo do tempo, com Onze Homens e Um Segredo (2001), “Doze Homens e Outro Segredo” (2004) e, por fim, “Treze Homens e Um Novo Segredo” (2007).
Mas, em tempo de revelações de escândalos de assédio em Hollywood, em “Oito Mulheres e Um Segredo” são elas que dão as cartas: Grandes estrelas como Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter, Sarah Paulson, Awkwafina, Mindy Kaling e Rihanna interpretam oito mulheres que planejam um assalto milionário, mostrando que as mulheres podem ser o que quiserem, até mesmo ladras lindas e charmosas.
O mais legal que eu achei na abordagem do filme é mostrar a sororidade entre elas. Elas não são protagonistas rivais, mas sim, oito mulheres unidas em busca de um sonho!
Sexy por acidente
Outro filme que eu vi e que eu achei muito bacana em termos de temática, é a comédia Sexy por Acidente. No longa, uma mulher gordinha, vivida por Amy Schumer, que se sente a mais feia do mundo, sofre um acidente em uma bicicleta ergométrica da academia, bate a cabeça e, em um passe de mágica, começa a se sentir a mais linda de todas.
E, ao mudar a forma como ela mesma se enxerga, passa a colher inúmeros benefícios da sua autoestima elevada! Achei bárbaro por abordar a questão dos padrões de beleza, e o quanto é importante para a mulher se aceitar e ter autoestima.
Li que o filme sofreu críticas nos Estados Unidos por lidar com a questão talvez de forma superficial e por partir do pressuposto de que uma mulher com o corpo de Amy Schumer não deveria se sentir bonita, a menos que ela batesse forte com a cabeça no chão… mas, de qualquer forma, acredito que só de o tema estar sendo discutido já é um avanço enorme!
E vocês, o que têm achado desta nova onda dos filmes de Hollywood? Há algum filme bacana nesta linha que vocês curtiram? Escrevam para mim!
Ah, e se não viram “Os Incríveis 2”, não deixem de assistir… Além de o filme ser demais, antes há uma animação japonesa linda que já vale o ingresso!
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Rê Spallicci