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ESG

10 dicas para se proteger e não compartilhar Fake News

Saiba como agir para reconhecer as notícias falsas que inundam a internet.

 22 de novembro de 2018
8 min de leitura

Dicas para fugir das fake news!

Sou uma pessoa que leva muito a sério tudo que faço! Não consigo fazer nada de forma superficial ou sem o mínimo de embasamento e conhecimento. Por isso, quando resolvi iniciar este blog, fui estudar sobre pautas, conteúdos e me cerquei de profissionais que pudessem me dar uma estrutura para realizar um trabalho de qualidade. Afinal, informação é algo muito importante para ser disseminada sem responsabilidade.

As fake News

Como se proteger das fake news

Mas, infelizmente, nem todos os blogs agem assim! E alguns por falta de conhecimento, e outros tantos realmente por má intenção e com objetivos diversos (financeiros, políticos, etc), divulgam notícias falsas, as famosas Fake News, a torto e a direito, causando graves  problemas de credibilidade no mundo do jornalismo e até mesmo afetando resultados eleitorais ao redor do mundo!

Por isso, hoje resolvi trazer dez dicas da “Research the Headlines”, entidade que trabalha para combater as Fake News, com a finalidade de podermos identificar as notícias falsas e não compartilhá-las!

Dicas para identificar notícias falsas

1: Não pare no título.  

É comum ver manchetes que têm pouca influência na notícia real. Um estudo indicou que até 59% das notícias compartilhadas nas mídias sociais não foram lidas pela pessoa que fez o compartilhamento. Por isso, não compartilhe uma história, a menos que você tenha lido o artigo inteiro.

2: O que foi realmente dito?

Se uma história é sobre uma pessoa ou organização, devemos ter certeza de que eles realmente disseram o que está sendo reivindicado no artigo. Lembre-se de que as citações podem ser extraídas fora do contexto. Se eles não reproduziram a declaração original na íntegra, você poderá encontrá-la em outro lugar?

3: Os especialistas independentes são destaque?

É muito provável que uma notícia falsa não ouça o “o outro lado” da notícia para comentar aquele fato. Preste atenção ao “equilíbrio” da notícia e se ela ouve ambos os lados de uma história. A palavra “independente” se torna crucial aqui.

Tomemos por exemplo uma história de mudança climática, em que cientistas climáticos e negadores da mudança climática compartilhem suas opiniões. Especialistas que negam as mudanças climáticas podem ter um conflito de interesses que os impede de serem independentes. Ao contrário de algumas opiniões, os cientistas do clima não estão defendendo a mudança climática como meio de obter financiamento de doações. Os cientistas do clima ainda teriam um emprego, mesmo se os seres humanos não estivessem causando a mudança climática, e sua independência é garantida pela forma como são financiados.

4: Há relação com o material original?

É muito fácil distorcer a narrativa (ou contar mentiras claras), se o material original estiver oculto ao leitor. Se você vir uma história que lhe provoque  uma resposta emocional,  sua primeira resposta deve ser pesquisar na  fonte da história. Um canal de notícias que esconde o material (ou pior, o corrompe) é uma mídia a ser evitada.

5: As correlações fazem sentido?

Todo pesquisador sabe que “correlação não é igual à causa”. Correlação, uma associação entre duas coisas, é apenas o primeiro passo para identificar uma causa. Sobre assuntos altamente emotivos (como o suposto “elo” entre imigração e terrorismo, por exemplo), pergunte a si mesmo: a relação é real? A conclusão que eles tiram da correlação é apoiada pelas evidências? Existe outra razão possível para a correlação? Como poderíamos testar suas conclusões?

6: As estatísticas são usadas adequadamente?

O velho ditado “mentiras, mentiras e estatísticas” ainda é válido hoje. Se usada de forma adequada e desapaixonada, a estatística é uma ferramenta poderosa para revelar a verdade de nossas circunstâncias e um componente crucial do método científico.

Usada indevidamente (ou malignamente), a estatística é uma poderosa arma de propaganda. Se as estatísticas estão sendo mal utilizadas, é difícil diagnosticar e, muitas vezes, requer treinamento formal. Mas você também pode perguntar a um cientista, mesmo que ele não seja especialista no campo específico, se as estatísticas são válidas. Há muitos cientistas no Twitter (experimente a hashtag #Actual Living Scientists) e a maioria fica feliz em responder a perguntas genuínas.

7: O artigo ou o enfoque da  matéria são tendenciosos?

Vale a pena lembrar que todos os seres humanos sofrem de viés cognitivo – quando julgamos sobre as notícias (e outras pessoas), estamos tornando esses julgamentos sujeitos a várias formas de pensamento ilógico. Quando você lê uma história, pense: “Quanto isso está simplesmente confirmando meus próprios preconceitos sobre o assunto? Como eu teria respondido, se o artigo tivesse dito o contrário?

8: Como esta história se compara com as histórias anteriores sobre esse tema?

Quando se trata de pesquisa, cada novo estudo precisa ser feito no contexto do campo de onde ele vem. Um estudo, com um resultado que destrói o consenso do passado, deve inicialmente ser tratado com ceticismo até que suas conclusões possam ser confirmadas por novos trabalhos. O mesmo vale para as notícias. Os fatos da história se encaixam nos fatos divulgados anteriormente? Um exemplo é a declaração de Donald Trump de que ele estava presente na Escócia, antes da votação do Brexit, quando, na verdade, ele chegou no dia seguinte. Em nosso mundo pós-verdade, até mesmo o presidente dos Estados Unidos está feliz em tentar revisar a história. Felizmente, temos a internet para impedir que ele (e qualquer outra pessoa) o faça.

9: Este artigo é consistente quando comparado com outros artigos sobre o mesmo tema?

 Um ótimo teste decisivo de um artigo é ver sua história contada de um ponto de vista diferente. Tente ler a mesma história em um meio de comunicação que você normalmente evitaria. Como a história muda? Que palavras cada lado usa? Quem eles pedem para comentar? Quem eles ignoram?

10: Quanto do artigo é opinião ou exagero?

Cada vez mais a fronteira entre opinião e informação está tênue, por isso verifique se o artigo realmente é uma notícia, ou a opinião do escritor. Ao ler a história, pergunte-se: “Quantas dessas declarações podem ser verificadas pelos fatos no artigo (ou links no artigo)? Que tipo de linguagem está sendo usada? Parece que o autor está defendendo um argumento em vez de relatar os fatos?

Faça a sua parte!

Com estas dicas, espero tê-lo ajudado a identificar as notícias falsas e colaborado para que elas não se disseminem. Lembre-se de que há grandes chances de você se deparar com um conteúdo falso na Internet enquanto navega normalmente ou, quem sabe, por meio de grupos de WhatsApp. Segundo estimativas, mais de 8,8 milhões de pessoas no Brasil teriam sido impactadas por fake news só nos três primeiros meses deste ano, e nos últimos meses houve um crescimento de 4,4 milhões de notícias falsas.

Na comparação com o quarto trimestre de 2017, o crescimento na disseminação de conteúdos falsos foi de quase 12%, sendo o WhatsApp o meio favorito para essa proliferação – 95,7% das Fake News tiveram o aplicativo de mensagens como disseminador, segundo o laboratório de segurança dfndr lab. 

Além de usar as dicas acima, para filtrar aquilo que recebe, há também uma série de sites de agências de notícias que trabalham checando e desmentindo informações. Sites como Lupa, Fato ou Fake, Comprova, E-farsas e Boatos.org são alguns que você pode conferir sempre que desconfiar de algo.

E, na dúvida, não compartilhe! Vidas, reputações e até mesmo os rumos do País podem ser afetados com as Fake News! Todos nós devemos fazer a nossa parte!

 

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Rê Spallicci