No dia do fisiculturista, conheça mais sobre a família Ponchet, pai e filho que brilham no Brasil e no mundo conquistando títulos e levando o respeito e admiração de pai e filho para os holofotes das competições.
No dia 30 de outubro, comemora-se o Dia do Fisiculturista no Brasil. A data homenageia o atleta que se dedica à “arte” do fisiculturismo, um esporte de competição, no qual os atletas trabalham os músculos do corpo em busca de hipertrofiá-los, ou seja, aumentar a massa muscular o máximo possível. O objetivo da modalidade esportiva não é testar quem levanta mais peso, mas sim, quem possui a melhor definição dos músculos do corpo.
E, se o assunto é fisiculturismo, ninguém melhor do que a família Ponchet para falar sobre o tema. Afinal, Marilandio Ponchet e seu filho Hygor Ponchet são exemplos de duas gerações de renomados campeões.
Falar de fisiculturismo no Brasil sem falar de Ponchet pai é impossível. O atleta, que já tem 34 anos de carreira, é um verdadeiro exemplo do esporte e um dos maiores campeões do Brasil e do mundo. Só para citar alguns títulos, ele é tricampeão paulista, tricampeão brasileiro, bicampeão pan-americano, bicampeão ibero-americano, tricampeão mundial, campeão mundial absoluto, tricampeão do mister universo e tricampeão do Excalibur, um dos maiores e mais importantes torneios do esporte. Quer mais? Ele conquistou também, nada mais nada menos, do que 17 vezes o título do Mister Santos, que é o segundo mais antigo torneio da modalidade do mundo.
Um pouco de genética e muita dedicação
A história de Ponchet no esporte começou quando tinha apenas 14 anos e se dedicava ao atletismo. Para equiparar suas coxas com sua panturilha, que era muito forte para a idade, o adolescente começou a treinar musculação e, de lá para cá, não parou mais.
“Eu me apaixonei pela musculação e, um ano depois de começar, já estava treinando pesado para participar de competições”, relembra.
Naquela época, segundo o atleta, poucas eram as academias que tinham professores e instrutores e, por isso, era ele mesmo quem montava o seu treino e sua dieta, baseado em revistas sobre o esporte que “devorava”e em dicas de atletas mais experientes.
“O que mais me faz amar este esporte é saber que toda a resposta que eu espero do meu corpo, só depende de mim. De quanto treino, de minha alimentação, do meu descanso e, é claro, também de uma ajudinha da genética”, revela.
Nos passos do pai
E por falar em genética, não é à toa que Hygor, filho de Ponchet, resolveu seguir firme nas pegadas do pai. Apaixonado por surfe, o garoto tinha um pouco de dificuldade no esporte por causa de seu corpo muito forte para a modalidade, embora nem treinasse musculação.
Até que, em 2013, Hygor resolveu acompanhar o pai em uma competição na Califórnia, para poder surfar nas famosas praias americanas, e viu que seu futuro também estava no fisiculturismo. “Falei para ele: ‘Se vou acompanhar o senhor nesta viagem, vou acompanhar também na alimentação e nos treinos’. Em pouco tempo, vi meu corpo se transformar e, quando cheguei aos Estados Unidos, coloquei como desafio voltar no ano seguinte como competidor. ‘Se você quer fazer alguma coisa, faça para valer’, foi o que ele sempre me ensinou.”
De lá para cá, Hygor ganhou diversos prêmios importantes e, hoje, já é considerado um dos melhores atletas do Brasil e do mundo.
“Ver meu filho ganhando o Arnold, que é um dos maiores torneios do mundo, me deu uma emoção maior do que quando conquistei meus títulos mundiais. Chorei igual a uma criança”, revela o pai, nitidamente emocionado.
Se o fato de seguir os passos de uma lenda do esporte como seu pai poderia pesar, Hygor afasta qualquer tipo de pressão e afirma que do Ponchet só recebe incentivo e inspiração. “Vê-lo levantando todo dia às cinco horas da manhã, treinando pesado, dando aulas, indo dormir mais de meia-noite, e ainda conquistar tudo, em um esporte em que l o descanso é fundamental, me faz admirá-lo mais a cada dia”, revela Hygor.
E é esta admiração entre pai e filho que mantém o atleta Ponchet no esporte, mesmo estando às vésperas dos seus 49 anos. “Quando o Hygor começou, falei para ele que ia parar e somente acompanhá-lo como técnico, mas um pedido dele mudou meu plano.”
Hygor pediu para que o pai continuasse para juntos poderem levantar um titulo mundial em suas respectivas categorias, Júnior e Master.
Em dezembro, eles terão as primeiras oportunidades de realizar este sonho, em uma competição mundial em El Salvador e, depois, no Arnold Class, nos Estados Unidos. E se os sonhados títulos simultâneos vierem? Ponchet pretende parar?
“Voltando dessas competições, vou descansar só um pouco para depois começar tudo de novo e chegar bem definido aos 50”, revela. “Sei que temos muita diferença de idade, mas treino com a mesma motivação do meu filho e, 34 anos depois de ter iniciado, continuo querendo sempre ultrapassar meus limites”, conclui.
Busque seu propósito. Deixe seu legado.
Rê Spallicci