Conheça um pouco mais sobre a trajetória da musa fitness e saiba quais os planos do WBFF para o Brasil.
Ex BBB, repórter, musa fitness, blogueira, campeã e agora diretora do WBFF (World Beauty Fitness & Fashion), Jaque Khury é uma referência no mundo fitness por sua beleza, simpatia e determinação. E para contar um pouco sobre sua trajetória, conquistas e planos do WBFF no Brasil, a morena concedeu uma entrevista exclusiva para o site Renata Spallicci. Confira:
Site Renata Spallicci – Conte-nos um pouco sobre a transformação que conseguiu no seu corpo. Você sempre fala que era uma adolescente cheinha. Quando e como começou a mudar?
Jaqueline Khury – Fui uma adolescente mais cheinha, sim, mas, como queria seguir carreira de modelo, quando fiz 18 anos, consultei uma médica, fiz dieta e emagreci. Aí, fiquei vários anos magrinha, trabalhando como modelo e me exercitando bastante, principalmente com o boxe. Foi quando comecei a me interessar por musculação e comecei a fazer pra valer com o objetivo de hipertrofia. Essa foi a época em que eu trabalhava no Pânico. Ganhei bastante massa muscular, comia muito, mas fazia diversas coisas erradas. Eu não tinha muita informação, ia muito pela indicação de amigos, não seguia uma dieta correta, tomava suplementos com muita gordura, comia muita proteína, mas junto com gordura. Enfim, ganhei muita massa, mas também muita gordura. Depois dessa fase, engravidei, tive filho, e aí, para emagrecer, procurei ajuda médica, fiz dieta e, a partir disso, comecei a focar em ter um corpo mais fitness que que sempre foi o que desejei.
SRS – Você sempre curtiu esportes?
JK – Pratico esporte desde sempre. Fiz ballet clássico dos 2 aos 14 anos, me formei no ballet, enjoei e fui pro boxe, praticando durante sete anos. Nesse período, fazia musculação também, mas nada sério. Aquela musculação de academia em que a gente papeia enquanto exercita… Logo que iniciei a atuar como modelo, havia aquele mito de que modelo não pode fazer musculação, porque fica grande. Passei muito tempo convivendo com isso e não me dedicando muito à musculação, com medo de que me atrapalhasse na profissão. Quando eu fiquei mais conhecida e começaram a surgir mais meninas com um corpo mais fitness e definido é que eu realmente passei a treinar de uma forma mais séria, mas com aqueles errinhos que já comentei.
SRS – Como surgiram as competições?
JK – Foi depois da gestação que senti vontade de competir. O pós-gravidez foi bem legal, porque comecei a treinar e ver os resultados logo. Fui emagrecendo rápido e aquilo foi me animando, dando mais disciplina, melhorando a autoestima. Aí pensei: agora o céu é o limite e eu quero competir nos Estados Unidos! E cheguei lá! Nunca imaginei que eu conseguiria. Amo chocolate e não era das pessoas mais regradas com alimentação. Mas, quando coloquei essa meta, fui lá e fiz!
SRS – Como chegou ao WBFF?
JK – Fuçando no Instagram, cheguei a algumas fotos de competição do WBFF e comecei a admirar aquele lance de divas fitness, superpoderosas. Fui atrás e cheguei ao show do WBFF, mostrei para o meu marido e achamos algo superdiferente, feminino e bonito! O que me chamou mais atenção foi que o padrão de corpo era semelhante ao meu, e senti que eu poderia chegar lá.
SRS – E aí, como foi seu treinamento para encarar o WBFF?
JK – Foram seis meses de treino muito pesado, mas dieta eu só fiz 20 dias. Eu e o Felipe Conti, que me treinou, tínhamos medo de eu chegar muito magra. Então, tomamos essa decisão.
SRS – E aí, você chegou lá e faturou?
JK – Isso, chegando lá, sem saber ao certo o que enfrentar, acabei ganhando! Foi realmente inesperado. Ganhei o primeiro lugar e o procard que me dá o direito de disputar os torneios profissionais. Claro que todo mundo vai pra ganhar, mas eu não esperava levar na primeira competição. Hoje, assistindo ao vídeo, vejo que estava bem crua, muito diferente do que planejo para este ano, quando disputarei o mundial em Toronto.
SRS – Como você se tornou diretora do WBFF no Brasil? Quais os planos da entidade para o País? Teremos edições aqui? Qual a previsão de datas?
JK – O convite veio de uma forma meio inesperada. Eu fui competir lá nos EUA, postei uma foto e tive bastante engajamento. O Paul Dillett, presidente do WBFF, se espantou com a repercussão no Brasil e me procurou para saber o que eu achava de um evento aqui. Fizemos algumas reuniões e decidimos trazer o evento. E está sendo muito trabalhoso, mas, certamente, será um show lindo. Em breve, divulgaremos, mas os planos são para que seja realizado já em novembro deste ano, e que, a partir disso, possamos crescer cada vez mais no País! Estamos com muita expectativa.
SRS – Como você acompanha o crescimento de meninas buscando um corpo mais malhado no Brasil?
JK – As pessoas estão cada vez mais buscando um estilo de vida mais saudável, mas não podemos negar que o Brasil é também o país da estética. Afinal, não é à toa que ficamos em segundo lugar na quantidade de cirurgias plásticas no mundo. Tem o lado bom, de trazer mais pessoas para o esporte, mas o lado preocupante, que é a busca excessiva pelo corpo ideal. Acho que as pessoas têm que se sentir bem dentro do seu biótipo e, muitas vezes, elas procuram um padrão de corpo muito diferente do que realmente podem ter e isso pode causar frustrações.
SRS – Que dicas daria para quem pretende competir no WBFF?
JK – Busque referências, veja as pessoas que ganharam, como elas se comportam, mas, depois, crie o próprio estilo, sem ser muito espalhafatosa. O WBFF gosta das pessoas com mais classe, sem vulgaridade e com a velha máxima do “menos é mais”. Cuidado para não exagerar na maquiagem, no cabelo… Mas, acima de tudo, faça a sua parte. Treine muito, faça uma dieta correta e suba no palco com a consciência tranquila. Certamente, você vai brilhar!
Quer conhecer mais sobre o WBFF? O que é, quais as categorias e detalhes do maior show fitness do planeta? Confira o vídeo que eu fiz, explicando tudinho para vocês!
https://www.youtube.com/watch?v=HfAi1Q1csz0&feature=youtu.be
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Rê Spallicci