Como romper barreiras para começar novos projetos e planos
Quando fui desafiada a escrever este artigo, fiquei pensando:“como assim,o que vou falar,quais os pontos que devo abordar, o que as pessoas querem ler?”
Sempre achamos que não damos conta, que é complicado, difícil, e que dará muito trabalho. Depois que começamos, percebemos não ser tão complicado assim.
O mais difícil é começar. O começar alguma atividade, ou uma nova trajetória, é o que mais envolve sentimentos. Criamos empecilhos, dificuldades e desculpas mil para fazer. Porque envolve pensar, ter atitude, decisão… Enfim, envolve começar!
A vida é assim: em todas as ações em que nos envolvemos, esses três pontos fazem a diferença. Alguns dirão que estou sendo repetitiva,mas vamos lá! Pensem comigo.
A decisão (querer) começa com você que precisa decidir o que quer, como e quando. Mas somente ter a decisão não faz nada acontecer, se você não tomar uma atitude. A Atitude (pensar como) requer, talvez, um grau diferente de esforço, já que vai precisar se mexer, estabelecer um plano e um objetivo a atingir. E, por fim, o Começar (fazer literalmente) que é colocar tudo isso em prática efetiva. Ou seja, transformar todos esses sentimentos em mola propulsora para a real ação transformadora.
Como líder de uma organização de mulheres, esse tripé nos desafia todos os dias, quando pensamos em novas ações, em como engajar mais mulheres, e, principalmente, em como motivá-las a usar todo seu potencial para impactar outras à sua volta e lhes dar outros ares e outros voos, ainda mais de forma voluntária.
Como mentora na área de línguas, esse tripé é ainda mais desafiador. Nem sempre a decisão foi tomada pela pessoa que chega a mim, a atitude é apenas uma reação da decisão de outrem, e o começar, então, requer ainda mais habilidade de convencimento e uma visão de futuro.
Mas posso dizer que, em tudo que expusemos até aqui, convém ressaltar que são os sentimentos envolvidos que nos levarão para a decisão, a atitude e o começar em nossa vida. Esses sentimentos são aqueles aos quais devemos ter mais atenção e que nos levarão a perceber que eles precisam ser falados, sim, e, principalmente, escutados.
Uma habilidade que se faz ainda mais importante nestes tempos diferentes por que estamos passando, é a escuta ativa (aprendi este termo há pouco tempo) dos líderes de qualquer área, empresa ou grupo.
É a escuta com atenção, carinho e cuidado necessário. Escutar não apenas de corpo presente,mas de alma, coração e intuição.
Nós, líderes, havíamos sido absorvidos pelos tempos modernos e, por isso, não tínhamos tempo ou não dávamos atenção necessária aos nossos liderados, pois não conversávamos de sentimentos e amenidades. Afinal, “tempo é dinheiro”.
Realmente, “tempo é dinheiro”, mas, se não tivermos esse tempo, o dinheiro gasto será ainda maior. A empatia de que tanto falamos vem muito dessa “escuta ativa” que vamos precisar aprimorar, porque a sensibilidade em entender os meandros dessas mensagens é que farão a diferença. Que recados estão sendo passados nessas conversas, quais as frustrações e as alegrias que estão sendo transmitidas?
Esses novos tempos nos trouxeram, pelo menos para alguns – e aconteceu comigo-, um olhar diferente a tudo o que nos rodeia. Começamos a ver mais claramente as decisões que deixamos passar,as atitudes que não tomamos, e os começos que não foram iniciados.
Mas não nos aflijamos: ainda temos tempo! Sempre é tempo.E o tempo sempre vem no tempo certo.Você já fez a sua escuta ativa hoje? Já se escutou ativamente?
Lembre-se de que a decisão, a atitude e o começar estão primeiro em você! Vamos juntos nesse descobrir?
Claudia Pirani
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Bacharel em Relações Públicas, Administração e Vendas – FGV, Pós Graduanda - BBI of Chicago em Gestão de Negócios – com foco em competências Comportamentais, Empretca – Sebrae. Empresária – Co-Fundadora do LanguageLand Cursos de Imersão em Inglês, especialista em programas Intensivos Brasil e Exterior, Sócia da Cenarium Training and Coaching Desenvolvimento Humano Palestrante, D20 - América Latina para CSW– ONU. Coordenadora Nacional International Affairs – ONU & Business Development - BPW Brasil . Atual Presidente da BPW – Business Professional Women São Paulo.